Financiamento

Demanda para projetos sustentáveis no BNDES soma R$ 8,4 bi

Orçamento previsto é de R$ 2 bilhões.

Valor Econômico
17/02/2014 17:08
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O programa Inova Sustentabilidade, desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Ministério do Meio Ambiente teve demanda quatro vezes maior do que o orçamento previsto, de R$ 2 bilhões. O programa recebeu 256 cartas-consulta, que totalizaram demanda de R$ 8,4 bilhões. Segundo o diretor de infraestrutura social do BNDES, Guilherme Lacerda, "a demanda excepcional surpreendeu".
Lançado em 29 de novembro, o Inova Sustentabilidade encerrou o prazo para recebimento de propostas em 16 de janeiro deste ano. Os projetos selecionados devem ser conhecidos em 18 de junho.
"A produção de forma sustentável é uma tendência que vai fazer parte da nossa economia. Há uma pressão internacional para que países migrem para uma economia de menor volume de emissões. A expectativa é que o setor privado demonstre vontade de cumprir essa agenda", afirmou o superintendente da área de meio ambiente do BNDES, Gabriel Visconti.
O banco e a Finep receberam projetos para todas as linhas temáticas do programa, sendo que a área de produção sustentável foi a que trouxe maior volume de demanda - cerca de 50% dos pedidos. Essa linha engloba seis grandes temas: eficiência energética, carvão vegetal, emissões atmosféricas, efluentes líquidos, materiais tóxicos e resíduos industriais. Outras linhas de apoio do programa são relativas a florestas, saneamento ambiental - que recebeu a segunda maior demanda - e monitoramento de desastres ambientais.
Apesar da demanda surpreendente, os gestores não preveem uma nova fase do Inova Sustentabilidade neste ano. "Com a primeira divulgação dos projetos selecionados em junho, Finep e BNDES vão trabalhar internamente para processar a demanda. É pouco provável, até em termos de desembolsos, que haja mudança muito grande em relação aos número do BNDES para este ano. É provável que esses projetos só apareçam nos desembolsos em 2015", explicou Visconti. Ele não exclui, no entanto, a possibilidade de outros programas no futuro.
Na área ambiental do banco existe ainda o Fundo Clima, que também tem expectativa de crescimento de desembolsos para este ano, devido às de taxas mais competitivas, se comparadas às praticadas no passado. Por enquanto o fundo tem capacidade de financiar R$ 920 milhões, mas só desembolsou R$ 70 milhões para dois projetos, um de sinalização e controle para a Supervia, e outro para a Valorec. Visconti estima que outros R$ 350 milhões ficarão disponíveis para empréstimos pelo fundo este ano.
"Não foi formada uma carteira mais robusta até agora, porque as linhas do PSI ficaram muito vantajosas, adequadas para estimular o investimento em 2012. Boa parte das empresas que poderiam ser clientes do Fundo Clima acabou buscando o PSI", diz Lacerda.
Com o aumento nas taxas do PSI a partir do fim do ano passado e a inclusão de quatro subprogramas e redução de taxas do Fundo Clima, a procura pelo fundo deve aumentar. Atualmente há R$ 500 milhões em pedidos de financiamento em análise pelo banco por meio do Fundo Clima.
O Fundo Amazônia também deve dobrar de tamanho em 2014. No ano passado, foram desembolsados R$ 74,2 milhões. "Não temos um número exato para o desembolso do fundo em 2014, mas esperamos que pelo menos dobre, pois chegamos a uma fase onde os projetos estão mais maduros", afirma Visconti.
Apesar de todas as expectativas positivas para este ano, o superintendente do BNDES ainda não tem um número fechado para os desembolsos da área de ambiente para este ano. Em 2013, a área liberou R$ 145,33 milhões. O banco ainda não fechou o orçamento para 2014, mas Visconti diz que a expectativa é crescer muito, puxado tanto pela parte de resíduos sólidos, como por projetos de eficiência energética e pelo Fundo Amazônia.
Em 2015, afirma ele, a área de Meio Ambiente deve ser ajudada também pelo Inova Sustentabilidade, que já deve estar em estágio mais avançado de maturação. O executivo ressalta, entretanto, que o Inova Sustentabilidade não é restrito à a área de meio ambiente do banco. "Muitos projetos vão para a área de indústria, infraestrutura e infraestrutura social. A área ambiental vai crescer, vamos desembolsar mais do que no ano passado", diz Visconti. Segundo ele, mesmo com queda do desembolso global do banco, há uma tendência de crescimento de desembolso na área de ambiente.

O programa Inova Sustentabilidade, desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Ministério do Meio Ambiente teve demanda quatro vezes maior do que o orçamento previsto, de R$ 2 bilhões. O programa recebeu 256 cartas-consulta, que totalizaram demanda de R$ 8,4 bilhões. Segundo o diretor de infraestrutura social do BNDES, Guilherme Lacerda, "a demanda excepcional surpreendeu".

Lançado em 29 de novembro, o Inova Sustentabilidade encerrou o prazo para recebimento de propostas em 16 de janeiro deste ano. Os projetos selecionados devem ser conhecidos em 18 de junho.

"A produção de forma sustentável é uma tendência que vai fazer parte da nossa economia. Há uma pressão internacional para que países migrem para uma economia de menor volume de emissões. A expectativa é que o setor privado demonstre vontade de cumprir essa agenda", afirmou o superintendente da área de meio ambiente do BNDES, Gabriel Visconti.

O banco e a Finep receberam projetos para todas as linhas temáticas do programa, sendo que a área de produção sustentável foi a que trouxe maior volume de demanda - cerca de 50% dos pedidos. Essa linha engloba seis grandes temas: eficiência energética, carvão vegetal, emissões atmosféricas, efluentes líquidos, materiais tóxicos e resíduos industriais. Outras linhas de apoio do programa são relativas a florestas, saneamento ambiental - que recebeu a segunda maior demanda - e monitoramento de desastres ambientais.

Apesar da demanda surpreendente, os gestores não preveem uma nova fase do Inova Sustentabilidade neste ano. "Com a primeira divulgação dos projetos selecionados em junho, Finep e BNDES vão trabalhar internamente para processar a demanda. É pouco provável, até em termos de desembolsos, que haja mudança muito grande em relação aos número do BNDES para este ano. É provável que esses projetos só apareçam nos desembolsos em 2015", explicou Visconti. Ele não exclui, no entanto, a possibilidade de outros programas no futuro.

Na área ambiental do banco existe ainda o Fundo Clima, que também tem expectativa de crescimento de desembolsos para este ano, devido às de taxas mais competitivas, se comparadas às praticadas no passado. Por enquanto o fundo tem capacidade de financiar R$ 920 milhões, mas só desembolsou R$ 70 milhões para dois projetos, um de sinalização e controle para a Supervia, e outro para a Valorec. Visconti estima que outros R$ 350 milhões ficarão disponíveis para empréstimos pelo fundo este ano.

"Não foi formada uma carteira mais robusta até agora, porque as linhas do PSI ficaram muito vantajosas, adequadas para estimular o investimento em 2012. Boa parte das empresas que poderiam ser clientes do Fundo Clima acabou buscando o PSI", diz Lacerda.

Com o aumento nas taxas do PSI a partir do fim do ano passado e a inclusão de quatro subprogramas e redução de taxas do Fundo Clima, a procura pelo fundo deve aumentar. Atualmente há R$ 500 milhões em pedidos de financiamento em análise pelo banco por meio do Fundo Clima.

O Fundo Amazônia também deve dobrar de tamanho em 2014. No ano passado, foram desembolsados R$ 74,2 milhões. "Não temos um número exato para o desembolso do fundo em 2014, mas esperamos que pelo menos dobre, pois chegamos a uma fase onde os projetos estão mais maduros", afirma Visconti.

Apesar de todas as expectativas positivas para este ano, o superintendente do BNDES ainda não tem um número fechado para os desembolsos da área de ambiente para este ano. Em 2013, a área liberou R$ 145,33 milhões. O banco ainda não fechou o orçamento para 2014, mas Visconti diz que a expectativa é crescer muito, puxado tanto pela parte de resíduos sólidos, como por projetos de eficiência energética e pelo Fundo Amazônia.

Em 2015, afirma ele, a área de Meio Ambiente deve ser ajudada também pelo Inova Sustentabilidade, que já deve estar em estágio mais avançado de maturação. O executivo ressalta, entretanto, que o Inova Sustentabilidade não é restrito à a área de meio ambiente do banco. "Muitos projetos vão para a área de indústria, infraestrutura e infraestrutura social. A área ambiental vai crescer, vamos desembolsar mais do que no ano passado", diz Visconti. Segundo ele, mesmo com queda do desembolso global do banco, há uma tendência de crescimento de desembolso na área de ambiente.

 

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