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Glauco FigueiredoO vice-presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, Marco Polo de Mello Lopes, traçou um cenário preocupante para o setor caso o governo não se articule na redução de garlagos administrativos e legais ligados à questão portuária brasileira. Na avaliação dele, as empresas siderúrgicas desenvolveram soluções próprias para contornar a questão logística com a utilização de portos privados. Contudo, Marco Polo ressaltou que o sistema portuário brasileira - ao lado do ferroviário e do rodoviário - ainda é precario, e que eles representam um grande impedimento para que o país possa dar um salto de qualidade.
Se nós pegarmos, por exemplo, Usiminas, Açominas e a própria Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). Eles têm um terminal privado, que é o de Praia Mole, localizado no Espírito Santo. Esse terminal hoje apresenta alguns problemas. Houve uma deterioração na relação capital/trabalho. Os ganhos obtidos com a Lei 8.630/93 sofreram vários retrocessos, mas ainda assim, esse terminal tem um nível de competitividade acima do que seria conseguido com os portos públicos, relatou o executivo, ressaltando, no entanto, haver no setor siderúrgico um grupo de empresas que formam o chamado 'movimento sem portos', composto por Acesita e Belgo.
É um problema que, na nossa visão, precisa ser atacado novamente com muita coragem no sentido de reformular as administrações portuárias. Talvez passar por um processo de privatização, coisa que não aconteceu, de maneira que você possa ter uma competição nos portos e entre os portos. Marco Polo informou que o IBS atua na função de Secretaria da chamada Ação Empresarial, que congrega cerca de 40 entidades, dentre elas a Confederação Nacional das Indústrias (CNI),Confederação Nacional do Trasporte (CNT), Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e a Federação e Centro das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo objetivo é o de trabalhar pelas reformas estruturais brasileiras, com prioridade no crescimento econômico e social.
Não adianta ter um grande plano de desenvolvimento se nós não conseguirmos resolver os nossos problemas que não são poucos, afirmou o presidente do IBS, durante um seminário sobre o setor siderúgico para jornalistas, realizado nesta segunda-feira, 28, no Rio de Janeiro.
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