Agência Petrobras
O Brasil contará com uma indústria naval avançada em até dez anos, afirmou o coordenador executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e assessor da Presidência da Petrobras para Conteúdo Local, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, durante palestra sobre a indústria naval, em São Paulo.
“Os benefícios da consolidação de uma indústria naval forte, moderna e produtiva são permanentes. A indústria está avançando e realizando parcerias com sócios internacionais importantes. Dentro de sete a dez anos, o país poderá ter o mesmo grau de excelência dos melhores estaleiros da Coreia do Sul e do Japão desde que sejam superados desafios como a melhoria do planejamento e gestão e da produtividade, a integração das cadeias de suprimento, o investimento em pessoal, a modernização da construção e montagem e o resgate da engenharia industrial" afirmou o executivo.
Alonso ressaltou, que desde 2003, a indústria naval brasileira já criou mais de 78 mil empregos e construiu 10 estaleiros e 17 canteiros para construção de módulos de médio e grande portes.
Até 2020, serão mais 38 plataformas, 28 sondas, 146 barcos de apoio e 88 navios de grande porte destinados à indústria de petróleo e gás.
O executivo destacou que o Prominp foi um marco para a recuperação da indústria naval do país.
Concebido pelo Ministério de Minas e Energia e sob a coordenação executiva da Petrobras, o programa foi lançado em dezembro de 2003 no estaleiro BrasFels, durante a assinatura do contrato para a construção da P-52.
Desde então, as exigências de conteúdo local passaram a permear os diversos elos da cadeia de fornecedores de materiais, equipamentos e serviços demandados pela construção naval e offshore, informou o coordenador.
“A meta é que essa política seja capaz de tornar a indústria brasileira competitiva nos mercados interno e externo com preço, prazo e qualidade equivalentes aos dos melhores players mundiais do setor”, disse.
Paulo Alonso lembrou ainda que Coreia do Sul e Japão levaram pelo menos 30 anos para atingir o nível de desenvolvimento em que se encontram hoje, e o Brasil tem, portanto, a oportunidade de chegar a esse patamar em pouco mais da metade desse tempo.
Para alcançar o objetivo, o programa também atua fortemente na capacitação de profissionais para o setor.
Com a Marinha Mercante, por exemplo, Alonso cita que, em 2009, dois termos de cooperação viabilizaram a modernização das instalações dos centros de treinamento da Marinha do Brasil e a ampliação significativa da formação de oficiais para a Marinha Mercante.
Desde 2006, cursos de qualificação viabilizados pelo Prominp capacitaram 97 mil profissionais em 185 categorias voltadas para a indústria de petróleo e gás.
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