Punição

Justiça condena Petrobras por vazamento no PR

Acidente aconteceu na região de Araucária (PR), há 13 anos.

Valor Econômico
14/08/2013 09:43
Visualizações: 1050

 

A Petrobras foi condenada a pagar mais de R$ 620 milhões em indenizações por danos ambientais causados após o vazamento de óleo em rios da região de Araucária (PR), há 13 anos. O valor ainda será corrigido e poderá chegar à casa dos bilhões.
Na decisão, a juíza Silvia Regina Brollo, da Justiça Federal no Paraná, determinou que a estatal recupere a água, a fauna e a flora da região, que ainda apresentam problemas relacionados ao acidente.
Segundo laudo da perícia, cerca de dois milhões de litros de óleo ainda estão presentes na água e no solo da região atingida e a recuperação da área levará mais uma década. A empresa pode recorrer da decisão. As ações contra a Petrobras foram ajuizadas entre 2000 e 2001 pelos Ministérios Público Federal e Estadual e pelo Instituto Ambiental do Paraná.
O vazamento - um dos maiores desastres ambientais em rios da história do país - ocorreu em julho de 2000, durante operação de transferência de óleo cru do terminal marítimo de São Francisco do Sul (SC) para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, a 35 quilômetros de Curitiba.
O oleoduto se rompeu, derramando quatro milhões de litros de óleo nos rios Barigui e Iguaçu, que alcançou 44 quilômetros abaixo do ponto de vazamento. Segundo o Ministério Público, o acidente causou graves danos ambientais, com prejuízo à fauna e flora.
"O acidente foi causado por negligência da empresa e a decisão da Justiça é um ganho para a sociedade e para o meio ambiente. Mostra com essa multa que o meio ambiente é uma coisa séria", afirma o promotor Sérgio Luiz Cordoni, representante do Ministério Público Estadual no caso.
Mesmo mais de 13 anos depois do vazamento, a lista de medidas que a Petrobras terá de tomar para recuperar a área é extensa. A empresa terá de retirar o óleo ainda existente nos rios e recuperar totalmente a flora da região, apresentando um plano de ação em 30 dias.
A estatal terá também de monitorar os peixes da área atingida e recuperar o solo do entorno, que ainda está prejudicado pelo acidente. Além disso, a Petrobras terá que vigiar a qualidade do ar da região, apresentar um plano de recuperação das águas e apresentar relatórios semestrais de todos os trabalhos realizados até que o impacto do acidente cesse, o que, segundo a perícia, só deve ocorrer em mais oito a dez anos.
A Petrobras terá de pagar indenização pelos danos irreversíveis ao meio ambiente, que somam cerca de R$ 620 milhões, valor que ainda será corrigido. O montante será recolhido ao Fundo Estadual do Meio Ambiente e deverá ser investido prioritariamente em projetos que beneficiem a região de Araucária.
É a segunda multa por questões ambientais que a estatal recebe somente este mês. No dia 7, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou a Petrobras a pagar indenização que chega a R$ 25,5 milhões, em valores corrigidos, pelo vazamento de óleo no litoral do Estado em março de 2000. Ontem, a estatal informou, em nota, que vai recorrer. "A Petrobras informa que irá recorrer da sentença, uma vez que houve a limpeza da área em poucos dias e todas as medidas de contenção e tratamento do vazamento foram tomadas." Sobre a multa no Paraná, a estatal não se pronunciou até o fechamento desta edição.

A Petrobras foi condenada a pagar mais de R$ 620 milhões em indenizações por danos ambientais causados após o vazamento de óleo em rios da região de Araucária (PR), há 13 anos. O valor ainda será corrigido e poderá chegar à casa dos bilhões.


Na decisão, a juíza Silvia Regina Brollo, da Justiça Federal no Paraná, determinou que a estatal recupere a água, a fauna e a flora da região, que ainda apresentam problemas relacionados ao acidente.


Segundo laudo da perícia, cerca de dois milhões de litros de óleo ainda estão presentes na água e no solo da região atingida e a recuperação da área levará mais uma década. A empresa pode recorrer da decisão. As ações contra a Petrobras foram ajuizadas entre 2000 e 2001 pelos Ministérios Público Federal e Estadual e pelo Instituto Ambiental do Paraná.


O vazamento - um dos maiores desastres ambientais em rios da história do país - ocorreu em julho de 2000, durante operação de transferência de óleo cru do terminal marítimo de São Francisco do Sul (SC) para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, a 35 quilômetros de Curitiba.


O oleoduto se rompeu, derramando quatro milhões de litros de óleo nos rios Barigui e Iguaçu, que alcançou 44 quilômetros abaixo do ponto de vazamento. Segundo o Ministério Público, o acidente causou graves danos ambientais, com prejuízo à fauna e flora.


"O acidente foi causado por negligência da empresa e a decisão da Justiça é um ganho para a sociedade e para o meio ambiente. Mostra com essa multa que o meio ambiente é uma coisa séria", afirma o promotor Sérgio Luiz Cordoni, representante do Ministério Público Estadual no caso.


Mesmo mais de 13 anos depois do vazamento, a lista de medidas que a Petrobras terá de tomar para recuperar a área é extensa. A empresa terá de retirar o óleo ainda existente nos rios e recuperar totalmente a flora da região, apresentando um plano de ação em 30 dias.


A estatal terá também de monitorar os peixes da área atingida e recuperar o solo do entorno, que ainda está prejudicado pelo acidente. Além disso, a Petrobras terá que vigiar a qualidade do ar da região, apresentar um plano de recuperação das águas e apresentar relatórios semestrais de todos os trabalhos realizados até que o impacto do acidente cesse, o que, segundo a perícia, só deve ocorrer em mais oito a dez anos.


A Petrobras terá de pagar indenização pelos danos irreversíveis ao meio ambiente, que somam cerca de R$ 620 milhões, valor que ainda será corrigido. O montante será recolhido ao Fundo Estadual do Meio Ambiente e deverá ser investido prioritariamente em projetos que beneficiem a região de Araucária.


É a segunda multa por questões ambientais que a estatal recebe somente este mês. No dia 7, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou a Petrobras a pagar indenização que chega a R$ 25,5 milhões, em valores corrigidos, pelo vazamento de óleo no litoral do Estado em março de 2000. Ontem, a estatal informou, em nota, que vai recorrer. "A Petrobras informa que irá recorrer da sentença, uma vez que houve a limpeza da área em poucos dias e todas as medidas de contenção e tratamento do vazamento foram tomadas." Sobre a multa no Paraná, a estatal não se pronunciou até o fechamento desta edição.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
Posicionamento IBP
Imposto Seletivo sobre petróleo e gás ameaça exportações...
09/12/25
Energia Solar
ArcelorMittal e Atlas Renewable Energy concluem construç...
09/12/25
ANP
Audiência pública debate apresentação de dados visando a...
09/12/25
Evento
PPSA realiza nesta terça-feira Fórum Técnico para debate...
09/12/25
Firjan
PN 2026-2030 - Novo ciclo de oportunidades é apresentado...
08/12/25
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Projeto da Petrobras em parceria com a CERTI é vencedor ...
08/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.