O Estado, que apresenta boa infraestrutura, inovações tecnológicas e condições naturais favoráveis, busca potencializar as oportunidades e superar os desafios de desenvolvimento para despontar como protagonista dessa transição energética.
Redação TN Petróleo/Assessoria NeoenergiaA recente sanção da Lei nº 576/2021 cria um marco histórico para a energia eólica offshore no Brasil, regulando a exploração em áreas sob domínio da União e impulsionando o setor. Com boa infraestrutura, inovações tecnológicas e condições naturais favoráveis, o Rio Grande do Sul desponta como um dos protagonistas dessa transformação.
Transição Energética Justa
A diretora-executiva de Renováveis da Neoenergia, Laura Porto (foto), reforça a importância de um marco regulatório sólido e previsível para o sucesso da geração eólica offshore. "A Neoenergia acredita que a geração eólica offshore necessita de um marco regulatório que traga segurança jurídica e previsibilidade para investidores, prezando pelo equilíbrio do setor como um todo e oferecendo um cenário seguro para a sociedade brasileira, em linha com os preceitos da modicidade tarifária e da transição energética justa," pontua.
Com um legado de pioneirismo no desenvolvimento de geração eólica onshore, a Neoenergia também está atenta à oportunidade de médio e longo prazo que as eólicas offshore representam para o Brasil. Atualmente, a organização possui 4,3 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável.
A Neoenergia também destaca a relevância do Rio Grande do Sul nesse contexto. "É importante que o Brasil esteja preparado e se posicione para esta nova fonte limpa e renovável, que beneficiará outras regiões do Brasil, incluindo a região Sul. Nesse sentido, a companhia vem conduzindo estudos para promover e avaliar a viabilidade da eólica offshore em estados como o Rio Grande do Sul, tanto que já firmou um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o Governo Estadual," conclui Laura Porto.
O potencial do RS
O CEO da Corio Generation, Ricardo De Luca, reforça o potencial gaúcho e a estratégia da empresa, que investiu em estudos sobre conexão de rede e operação portuária. "Temos 6 GW de projetos planejados, com prioridade para uma implementação inicial de 1,2 GW no Sul, devido à disponibilidade técnica e à qualidade dos ventos", explica. "Esperamos que o primeiro leilão aconteça em 2025, permitindo os avanços necessários, como gargalos na transmissão que ainda precisamos superar", acrescenta.
Para Guilherme Grossi, engenheiro-chefe da Ocean Winds, a nova legislação é resultado de anos de discussão e se torna crucial para o desenvolvimento nacional das eólicas offshore. Segundo ele, o Rio Grande do Sul tem condições ideais para liderar essa indústria, com ventos fortes, águas pouco profundas e área portuária preparada. A Ocean Winds, que já firmou um Memorando de Entendimento com o governo estadual, aposta em parcerias. "Para evoluirmos, é essencial um enfoque colaborativo, além de mais investimentos em infraestrutura e inovação", conclui.
A presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, ressalta que o RS concentra cerca de 30% do potencial brasileiro de eólicas offshore e está pronto para atender à crescente demanda por energia renovável. No entanto, alerta para desafios, como a criação de unidades de conservação no litoral sul, que podem impactar a geração. "Precisamos reconstruir esse debate com dados atualizados e buscar soluções equilibradas. Pois fortalecer a indústria nacional é um dos objetivos dessa legislação", pontua.
Com o marco regulatório estabelecido, o Rio Grande do Sul se posiciona como um dos líderes na transição energética, atraindo investimentos e impulsionando o crescimento da energia renovável no Brasil.
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