<P>Exportadores de cereais reclamam de situação em Paranaguá, e ministro diz que situação é preocupante no porto do Paraná. O ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, minimizou o problema dos atrasos na operação dos navios nos portos brasileiros e o encarecimento da operaçã...
Folha de S. PauloExportadores de cereais reclamam de situação em Paranaguá, e ministro diz que situação é preocupante no porto do Paraná. O ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, minimizou o problema dos atrasos na operação dos navios nos portos brasileiros e o encarecimento da operação decorrente dessa situação.
Reconheço que o problema [do tempo de espera de navios] existe, mas já está sendo atacado, afirmou em entrevista à Folha.
Brito disse que o custo de US$ 2 bilhões por ano, estimado pela associação que reúne o setor de fertilizantes, é um valor superestimado, que não corresponde aos dados do ministério.
Ele não apresentou quais são os valores pagos aos proprietários de navios que alocam as embarcações para a operação no Brasil.
[O número] varia muito de um porto para outro, e essa situação é sazonal. Imagino que o dado apresentado pela Anda [Associação Nacional para difusão de adubos] é médio. As nossas estimativas são bem menores do que essas a partir das observações que temos dos portos, afirmou. Ele disse que gostaria de observar o cálculo na ponta do lápis para saber quem está pagando esse valor.
Entre as principais medidas do governo para melhorar a infra-estrutura portuária está a dragagem dos canais de navegação.
Segundo Brito, o primeiro da lista será o porto de Santos. A estimativa é que a licitação seja aberta no início do segundo semestre. O plano do governo é fazer com que a empresa vencedora da licitação também seja responsável pela manutenção do canal após o aprofundamento da calha. No caso do porto de Santos, a previsão é que o canal baixe de 12 para 15 metros e seja alargado dos atuais 150 metros para 220 metros.
Paranaguá
A Anec (Associação Nacional de Exportadores de Cereais) enviou na última quarta-feira uma carta com pedido de ajuda emergencial ao ministro.
O setor exportador alega que o porto de Paranaguá, no Paraná, está próximo a um colapso. O ministro disse que ainda não recebeu a carta, mas admitiu preocupação em relação aos conflitos entre a atual administração do porto e os usuários do sistema.
Essa situação de conflito de fato nos preocupa.Não posso compreender como operar [um porto] de forma eficiente com conflitos permanentes. Conflitos são naturais, mas, quando isso se torno permanente, é preocupante. Estamos tomando providência sobre isso. Ele descartou, por ora, qualquer medida mais forte como uma intervenção federal na Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e de Antonina). A autarquia estadual é comandada por Eduardo Requião, irmão do governador do Paraná, Roberto Requião.
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