Indústria

Nível de uso da capacidade instalada bate outro recorde

<P>Confirmando a trajetória de forte crescimento em 2007, o nível de utilização da capacidade instalada na indústria (quanto do parque produtivo está sendo utilizado pelas fábricas) atingiu em novembro novo nível recorde: 82,9%. A informação foi divulgada ontem pela Confederação Nacional...

Jornal do Commercio/RJ
16/01/2008 00:00
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Confirmando a trajetória de forte crescimento em 2007, o nível de utilização da capacidade instalada na indústria (quanto do parque produtivo está sendo utilizado pelas fábricas) atingiu em novembro novo nível recorde: 82,9%. A informação foi divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outros dados que mostraram a continuidade do vigor industrial foram: crescimento real de 6,8% nas vendas, de 3% nas horas trabalhadas, de 4,2% no emprego e 4,6% nos salários totais (soma de todos os rendimentos dos empregados), todos em comparação com novembro de 2006.

Em nota, a CNI destacou que em novembro dois fatos chamaram a atenção: a longevidade do crescimento das vendas, apesar da valorização do real (que prejudica as exportações), e o crescimento da massa de salários, que ocorre pela expansão do emprego e não pelo aumento do salário real do trabalhador.

Enquanto a indústria continua apresentando forte crescimento, inclusive na geração de empregos, o crescimento real do salário médio (rendimento individual) teve forte desaceleração. A expansão neste indicador foi de apenas 0,3% em novembro, ante igual período de 2006. Em outubro, a taxa estava em 0,8%.

Os dados da CNI mostram que desde o início do ano, o salário médio vem perdendo ritmo. Em fevereiro, a taxa de expansão ante igual período de 2006 estava em 3,3%, contra 4,4% em janeiro. Essa desaceleração nos ganhos do trabalhador atingiu patamares mais baixos no segundo semestre. O economista da CNI Paulo Mol explicou que o motivo do baixo crescimento no salário real médio (individual) é a aceleração na inflação, que corroeu os ganhos de rendimentos dos trabalhadores.

O problema, segundo Mol, é que a inflação foi maior que a esperada à época das negociações salariais no início do ano passado. Isso ocorreu porque a inflação de 2006 ficou na casa dos 3%, levando os trabalhadores a aceitar aumentos menores. Mas em 2007, a inflação subiu mais do que as expectativas, acelerou no segundo semestre e fechou o ano em 4,46%, pouco abaixo da meta de 4,5%.

O economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que essa desaceleração no crescimento dos salários pode ser um fator de amortecimento da demanda doméstica, no futuro. Mas a entidade ainda trabalha com a manutenção da rota de expansão do setor ao longo de 2008.

Paulo Mol, por sua vez, avaliou que a produção industrial no primeiro trimestre de 2008 terá um desempenho positivo, mas disse que a partir daí existem alguns senões que podem atrapalhar o desempenho industrial. Um desses riscos é a inflação que, segundo ele, tem origem externa, por conta da elevação dos preços das commodities.

incertezas. Outro item é a incerteza quanto aos rumos da economia americana, pelos desdobramentos da crise no mercado imobiliário. Embora aposte na continuidade da expansão industrial, a CNI não vê riscos de o elevado nível de utilização da capacidade instalada ser fator de pressão inflacionária.

Castello Branco disse que a indústria atingiu seu pico de utilização nos meses de outubro e novembro. Essa alta atividade, segundo ele, não deverá se repetir no período de dezembro a fevereiro deste ano, quando normalmente se observa uma desaceleração da produção.

A retomada da produção em nível mais acelerado aconteceria a partir de março. Mas Castelo Branco acredita que, até lá, parte dos investimentos que a indústria vem fazendo estará madura, o que significará uma capacidade de produção maior. Não vejo pressão na capacidade da indústria de atender à demanda, disse.

Fonte: Jornal do Commercio/RJ

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