Fusões e Aquisições

Petróleo lidera fusões e aquisições globais; especialista em M&A analisa

Report mais recente do IMAA - Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances mostra que só nas duas atividades foram US$ 115 bilhões em transações.

Redação TN Petróleo/Assessoria
04/07/2025 13:50
Petróleo lidera fusões e aquisições globais; especialista em M&A analisa Imagem: Divulgação Visualizações: 964

Na foto: Analistas da ZAXO, Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello

Apesar das incertezas do cenário global, o mercado de fusões e aquisições (ou M&A, sigla para mergers and acquisitions) no mundo segue aquecido. Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances, com dados de 2025 consolidados até abril em oito setores da economia, mostra transações da ordem de US$ 230 bilhões em todo o planeta.

Os setores de software e tecnologia da informação e de energia e petróleo foram os que mais movimentaram recursos em fusões e aquisições: US$ 115 bilhões, praticamente metade da soma das oito atividades analisadas. O setor de software e TI respondeu por US$ 74,3 bilhões (com 805 operações mapeadas) e o de energia e petróleo, por US$ 40,7 bilhões, com 232 transações.

O relatório destaca algumas dessas operações. No setor de software e TI está, por exemplo, a aquisição da estadunidense Dotmatics, desenvolvedora de software, pela gigante alemã Siemens. No setor de energia e petróleo, também houve aquisição de empresas dos Estados Unidos por companhias canadenses: a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company.

Para os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, o report do IMAA confirma que, a despeito da conturbada conjuntura internacional, as grandes companhias do planeta seguem apostando em fusões e aquisições como estratégia. Guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e na África; e o tarifaço dos Estados Unidos, atingindo principalmente China e Europa, estão entre os acontecimentos que abalam as relações geopolíticas mundiais.

Grisotto e Nesello são sócios e diretores da Zaxo, boutique de M&A brasileira que, no último ano bateu recorde de transações (foram 2 em buy side, 1 em sell side e JV) e tem pipeline atual acumulado emR$ 600 milhões em valores de transações em fusões e aquisições em assessoria. "De fato, justamente pela importância estratégica dessas atividades no cenário global, tecnologia da informação e energia e petróleo têm mobilizado grandes recursos em M&A", pontuam.

Já em quantidade de transações, outras atividades se sobressaem. O relatório do IMMA indica que no setor de produtos de consumo e serviços houve a maior quantidade de operações: 995 (ante as 885 de software e TI). Elas somaram US$ 33,5 bilhões. "Entre essas operações está o movimento da conhecida marca Prada, da Itália, que adquiriu sua concorrente Versace, do mesmo país", citam os analistas.

Os diretores da Zaxo lançam luz ainda sobre dois outros setores: o de saúde e o de farmácia e biotecnologia. Juntos, contabilizaram 495 operações, envolvendo US$ 35,6 bilhões. Nessas duas atividades, por exemplo, a gigante suíça Novartis comprou a estadunidense Regulus; outra empresa dos Estados Unidos, a SpringWorks, foi adquirida por uma estrangeira – a alemã Merck.

"Esses dois setores, saúde e biotecnologia, também se mostram bastante aquecidos quando o assunto é M&A. Os recursos envolvidos são menores se comparados à energia e petróleo, e software e tecnologia. Mas reúnem players de grande alcance mundial, inclusive com atuação no Brasil", observam os analistas.

Confira as fusões e aquisições globais mapeadas pelo IMMA

  • Software e tecnologia da informação: US$ 74,3 bilhões. 805 transações
  • Energia e petróleo: US$ 40,7 bilhões. 232 transações
  • Produtos de consumo e serviços: US$ 33,5 bilhões. 995 transações
  • Saúde: US$ 24,9 bilhões. 397 transações
  • Química: US$ 21,9 bilhões. 161 transações
  • Mídia e entretenimento: US$ 16,9 bilhões. 387 transações
  • Farmácia e biotecnologia: US$ 11,8 bilhões. 98 transações
  • Inteligência artificial: US$ 3,1 bilhões. 11 transações
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