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RedaçãoO Porto do Rio Grande fechou os oito primeiros meses deste ano, com um crescimento de 25,4% em movimentação portuária, atingindo 14,9 milhões de toneladas. As exportações tiveram um acréscimo de 37,5%, sendo uma das principais responsáveis pelo crescimento do porto gaúcho. As importações registraram um aumento de 7,9% no período de janeiro a agosto em 2006.
Segundo o superintendente do Porto do Rio Grande, Vidal Áureo Mendonça, a projeção realizada pelo setor de Estatística da Suprg, é que o Porto do Rio Grande atinja 21,5 milhões,levando-se em consideração a análise da movimentação dos meses de setembro a dezembro de 2001 a 2005. Além disso, esperamos movimentar neste ano 9 milhões de toneladas de granéis agrícolas, o que seria um recorde para o Porto, salientou Vidal.
A movimentação de granéis sólidos registrou uma crescimento significativo de 52,27%, chegando a 8,2 milhões de toneladas. Nesse segmento as exportações de cereais registraram grande incremento, aumentando sua movimentação em 117,5%, atingindo 4,7 milhões de toneladas, contra 2,1 milhões registrado de janeiro a agosto do ano passado. Entre as cargas exportadas a soja em grão foi a de maior evidência, sendo responsável por mais de 50% das exportações de cereais, com 2,5 milhões de toneladas movimentadas, crescendo 573,7%. A China continua sendo o maior comprador de soja do Estado do Rio Grande do Sul, respondendo por 61% da movimentação, seguida pelo Irã (14,2%), Itália (5,4%), Taiwan (4,7), e outros (14,7%).
As exportações dos derivados de soja, como o farelo (+31,3%) e o óleo (+46,1%), também auxiliaram no crescimento da movimentação total do porto de Rio Grande. O arroz atingiu uma marca importante com 202,4 mil toneladas (+40,8%), chegando próximo ao total movimentado no ano de 2005, que fechou os 12 meses com 240,4 mil toneladas operadas. O trigo resgistrou um aumento de 3,6%, bem como, a movimentação de milho que registrou 55,8 mil toneladas. Em 2005 não houve operações desse tipo de carga.
As importações de cereais repetiram o sucesso das exportações, com crescimento considerado, chegando a 684,4 mil toneladas (+31,6). A soja em grão também se destacou nas importações com crescimento expressivo, num incremento de 970,6%, tendo operado 235,3 mil toneladas. O farelo de soja seguiu a tendência e teve boa movimentação na importação, cerca de 196 mil toneladas (+4,1%), assim como
o trigo, com 187,1 mil toneladas operadas, obtendo crescimento de 17,6%.
Contêineres
Além dos granéis sólidos, a movimentação de granéis líquidos também registrou alta, atingindo um índice positivo de 13,8%, passando de 2,2 milhões de toneladas para 2,6 milhões de toneladas. Já a movimentação de carga geral não seguiu a tendência de crescimento, registrando queda de 3%, o que também foi notado na movimentação de contêineres, por onde é embarcada e desembarcada grande parte da carga geral, como móveis, sapatos, celulose, peças de máquinas, entre outras. Parte desse resultado foi atribuido a fatores como a greve dos caminhoneiros autônomos de Rio Grande, da gripe aviária, da febre aftosa e do dólar desfavorável às exportações.
De janeiro a agosto deste ano a movimentação de contêineres teve queda de 4,5%, chegando a 422,3 mil Teu´s. O Terminal de Contêineres -Tecon Rio Grande- (terminal privado), registrou queda de 6,8%, operando 410,7 mil Teu´s. No entanto, a movimentação de contêineres pelo Porto Novo (cais público) teve um crescimento expressivo, aumentando suas operações nesse segmento em 641,7%, atingindo 11,5 mil Teu´s. Somente em agosto o Porto Novo cresceu 5.448%, chegando a 3,7 mil Teu´s, sendo essa a sua maior movimentação mensal de 2006.
Veículos
O setor de veículos, também integrante do segmento de carga geral, registrou leve queda na movimentação, fechando os oito primeiros meses com saldo negativo de 2,4%, atingindo 8,8 mil veículos, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 9 mil. A queda foi impulsionada pela importação de veículos que reduziu sua movimentação de 4.659 rodantes para 3.668 (-20,84%). Os dois principais veículos, Ômega australiano (-6,72%) e o Corsa Classic argentino (-5,4%), importados pelo porto gaúcho, tiveram sua entrada reduzida no Brasil devido à diminuição no consumo interno. Já as exportações cresceram 17%, sendo o grande responsável por isso o envio de veículos Celta, produzidos em Gravataí-RS, para o exterior. Na contra-mão do crescimento, as exportações de ônibus (-74%), colheitadeiras (-32,1%) e tratores (-1%), registraram quedas.
A movimentação de maquinários agrícolas, um dos grandes destaques do Porto do Rio Grande, número 1 no Brasil em exportação neste segmento, encolheu devido à perda na competitividade no cenário internacional, por causa do dólar desfavorável as exportações e pela suba nos preços da matéria-prima, o que encarece o produto brasileiro. Além disso, as empresas produtoras de maquinários agrícolas, com grande presença no Rio Grande do Sul, estão deixando de produzir no Brasil, deslocando suas produções para outros países, onde o produto final tenha um preço mais competitivo no mercado internacional.
Navios
Assim como cresceu a movimentação total do principal porto gaúcho, também teve acréscimo o número de embarcações que fizeram escala em Rio Grande. Ao todo foram 2.252, 12,2% a mais do que no mesmo período do ano passado. A navegação de longo curso aumentou 14,4%, sendo responsável por quase 50% do total de embarcações que visitaram o porto rio-grandino. Seguindo o crescimento, a navegação interior teve um acréscimo de 12%, chegando a 1021 embarcações. Apenas a cabotagem (-3%), embora pequena, registrou queda, passando de 132 para 128 embarcações.
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