Foi o menor nível em quatro meses.
Redação/ Agências
A produção de petróleo dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu em julho o menor nível em quatro meses com conflitos na Líbia e no Iraque prejudicando o fornecimento, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta quarta-feira (31).
Este novo corte não planejado coloca a produção do grupo mais próximo da meta estabelecida pela organização.
A oferta de petróleo da Opep ficou em média de 30,25 milhões de barris por dia (bpd) em julho, queda ante os 30,38 milhões de bpd em junho, de acordo com a pesquisa que incluiu dados de carregamentos marítimos e fontes em empresas de petróleo, na Opep e consultores.
A pesquisa também ilustra que os conflitos internos estão prejudicando a produção de membros africanos da Opep e colocando um freio nos planos do Iraque, segundo maior produtor do grupo, de expandir exportações --o que eleva os preços do petróleo.
"Essas falhas no fornecimento acontecem num momento em que a demanda global por petróleo está atingindo seu pico sazonal", disse o chefe de estratégias de mercado de commodities do BNP Paribas em Londres, Harry Tchilinguirian. "Desta forma, elas ajudam a colocar um piso para o preço do Brent em torno de 100 dólares".
Em julho, a redução involuntária da Líbia e do Iraque superou a produção extra do maior exportador da Opep, a Arábia Saudita, que refinou mais petróleo e enviou mais combustível para usinas de eletricidade para atender a demanda por ar condicionado, segundo fontes da indústria.
A produção de julho da Opep é a menor desde março de 2013, quando o grupo bombeou 30,18 milhões de bpd, de acordo com pesquisas da Reuters, e deixou a oferta apenas 250 mil bpd acima da meta oficial da organização, que é de 30 milhões de bpd.
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