Diário do Nordeste
Atrair mais empresas cearenses para o Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás (Prominp) iniciativa que visa qualificar fornecedores da cadeia produtiva de petróleo e gás natural para que maximizem sua participação em projetos da Petrobras no Brasil e no exterior. Esse é o objetivo da reunião que acontece , hoje, às 18 horas, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Na ocasião, o Prominp será apresentado e discutido com dirigentes sindicais e a diretoria da Fiec, para que os empresários se engajem no programa.
Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Fiec e um dos coordenadores do Prominp no Ceará, Francisco José Lima Matos, foram identificadas, em estudo feito em conjunto com a Universidade Federal do Ceará (UFC), 140 empresas cearenses que têm condições de serem fornecedoras da estatal.
Demanda e oferta
Para Lima Matos, o Ceará tem total condições de atender as demandas da estatal. ´Se a Petrobras precisa de escadas para as plataformas ou fardamentos para os funcionários podemos oferecer isso. O Estado têm muitas indústrias de metalmecânica e confecções que podem atender a essas necessidades´, exemplifica o coordenador do Prominp.
Entretanto, essa parceria ainda é muito pequena. Em 2005, dos R$ 1,5 bilhão destinado à Petrobras no Ceará e no Rio Grande do Norte, apenas R$ 28,5 milhões, entre materiais e serviços, foram fornecidos por empresas locais, o que equivale a apenas 1,9% do investimento. No Ceará, a Lubnor (unidade local da Petrobras) só realiza 6% das suas compras através de negociações com empreendimentos cearenses.
Crescimento - Para Lima Matos, com a capacitação das empresas participantes, a expectativa é de que, em dois anos, esse percentual suba para 15% a 20%. ´Vai ser um trabalho difícil, mas estamos batalhando para isso´, frisa. No Ceará, até 2010, a estatal pretende investir US$ 500,00 em ações do Prominp, gerando demanda de cerca de 2.700 profissionais. ´A Petrobras está investindo, na fábrica de biodiesel, em Quixadá, e em outras fontes de energia. Tudo isso, são possibilidades que se abrem´, avalia.
No último mês de dezembro, foi divulgado o resultado da seleção da carteira de projetos aprovados a ser financiados a partir desse ano. Do total de 20 propostas, apenas duas foram rejeitadas. Entre as aprovadas, estão projetos de facilitação de acesso ao crédito. ´Já temos uma linha de crédito especial no BNB (Banco do Nordeste do Brasil), o Prominp Giro´, adianta Lima Matos.
De acordo com o coordenador do programa, ainda não é possível estimar qual será o impacto do Prominp na economia cearense. ´Precisamos que haja união entre os empresários. Só assim vamos alcançar os resultados esperados´, conclui.
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