São Tomé e Príncipe e Nigéria deverão licitar a partir de 2011 quatro novos blocos petrolíferos, menores do que os outro quatro já em exploração, disse à Agência Lusa o presidente da Autoridade de Desenvolvimento Conjunto (ADC) petrolífera.
Agência LusaSão Tomé e Príncipe e Nigéria deverão licitar a partir de 2011 quatro novos blocos petrolíferos, menores do que os outro quatro já em exploração, disse à Agência Lusa o presidente da Autoridade de Desenvolvimento Conjunto (ADC) petrolífera.
Segundo Jorge Santos, a entidade que administra a Zona de Desenvolvimento Conjunto está atualmente em negociações com a empresa especializada que fará as sondagens sísmicas.
"Não sabemos ainda se vamos continuar com esta empresa ou se fazemos o lançamento de novo processo de adjudicação para recolha de dados", disse por telefone, a partir de São Tomé e Príncipe.
"Ainda há trabalho a ser feito no domínio dos estudos sísmicos. Não temos [dados], sobretudo 3D (três dimensões) para colocar novos blocos no mercado. Só provavelmente dentro de um ano e meio a dois anos", adiantou, que é o tempo que leva a concluir esse processo".
Só na posse destes dados será possível programar o lançamento de novos blocos no mercado e apenas se for confirmado o seu potencial.
Os blocos que estão sendo estudados são: 7, 8, 9 e 10, que serão "de um modo geral pequenos, com áreas entre 750 a 1,5 mil quilômetros quadrados", explicou Santos.
O bloco 1 já foi perfurado em 2006 pela petrolífera norte-americana Chevron, sem sucesso na detecção de reservas com potencial comercial.
Após uma interrupção de três anos, os trabalhos de campo na Zona de Desenvolvimento Conjunto (ZDC) vão prosseguir em junho deste ano no bloco 2, pela mão da chinesa Sinopec, e no bloco 4 em julho, a cargo da operadora Addax Petroleum, segundo Santos.
Contudo, ainda faltam resolver problemas nos blocos 5 e 6, concedidos, respectivamente, às empresas "ICCOOECA" e "Filtun Huzodo", mas ainda à espera da assinatura dos contratos de partilha de produção.
Sem adiantar detalhes, Santos atribui o atraso a problemas com os operadores dos blocos, sobretudo em "alguma dificuldade em mobilizar o investimento necessário".
Além disso, ele admitiu também que a questão envolve a ERHC, do magnata nigeriano Emeka Offor, que participa em todos os blocos da ZDC, exceto no 1, e tem 15% do capital dos blocos 5 e 6.
A empresa de Offor reclama 20% do bloco 9, ainda não licitado, e direitos especiais mesmo na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) são-tomense, cujo processo de licitação ainda não foi iniciado.
Na ZEE, "os direitos da ERHC participar nas atividades de exploração e produção incluem o direito de receber até dois blocos à sua escolha e uma opção de compra de 15 por cento na exploração de outros dois blocos à escolha", aponta o site da empresa.
O papel da companhia, que não tem outros ativos petrolíferos conhecidos, tem sido objeto de muita controvérsia em São Tomé e Príncipe e organizações não-governamentais internacionais.
Com isso, alguns governantes são-tomenses chegaram a declarar a intenção de diminuir o envolvimento da empresa baseada no Texas, Estados Unidos.
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