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Diário do NordesteO diretor administrativo da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), Jorge Luiz Melo, disse ontem que é possível que o Porto de Suape, em Pernambuco, comece a operar primeiro que o Terminal Portuário do Pecém, no Ceará no escoamento de grãos pela ferrovia Transnordestina. Isso porque os R$ 823 milhões que serão necessários para a construção do ramal da ferrovia no Estado, são oriundos em grande parte do Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste), cuja liberação é mais lenta.
Melo adiantou que a cifra só será alcançada em 2013, quando a primeira etapa da ferrovia, que contempla o trecho entre Salgueiro (PE) e Missão Velha (CE), já estará concluído dentro de aproximadamente 16 meses (início de 2008). As obras da Transnordestina, orçadas em R$ 4,5 bilhões, são realizadas pela CFN, que está começando com recursos próprios, porque não conseguiu se adequar às regras do Governo para receber parte dos R$ 3 bilhões que serão financiados pela União.
No entanto, segundo o diretor da CFN, em termos operacionais, a situação dos dois portos é similar: ambos precisam ainda construir um terminal específico para o escoamento de grãos. ?Os dois estão na mesma condição técnica. Estamos trabalhando para que os portos (Suape e Pecém) sejam acessados ao mesmo tempo, em 2010?, ressaltou.
A questão esbarra na liberação de recursos para a construção dos ramais, que no caso do Ceará, a maior parte do dinheiro provem do Finor. Já para o Porto de Suape, os recursos são do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Estamos tentando no Ministério da Integração Nacional, Casa Civil e Tesouro Nacional mais agilidade na liberação dessa verba, que beneficiaria o Ceará.
Para José Roberto Correia, diretor-presidente da CearáPortos, que administra o Terminal do Pecém, o caminho crítico não é o porto, mas a construção da Transnordestina. No momento em que a CFN definir as condições comerciais, inclusive com a descrição do cronograma, em 30 meses, um terminal específico para escoamento de grãos, estará pronto.
Embora considere cedo para a construção de um ponto para atender a ferrovia, Correia disse que já existe um local com 17 metros de profundidade e uma superfície na área do intermodal de cargas, de aproximadamente 60 hectares para a construção de silos para armazenagem do produto.
Assim como o Porto de Suape, não existe ainda um terminal dedicado ao escoamento de grãos, que possa atender a ferrovia, reiterou.
FINOR - A reportagem tentou ouvir o departamento de Gestão dos Fundos de Investimentos, do Ministério da Integração Nacional, por meio da assessoria de imprensa, mas não conseguiu efetivar o contato.
Fonte: Diário do Nordeste
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