Porto

Terminais brasileiros apostam em mais infraestrutura

Os investimentos que vem sendo realizados no setor portuário brasileiro, desde a criação da Secretaria Especial de Portos (SEP), do governo federal, já estão sendo feitos com o olho na nova realidade que poderá ser construída com a abertura do Canal d

Diário do Nordeste
05/03/2012 17:48
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Os investimentos que vem sendo realizados no setor portuário brasileiro, desde a criação da Secretaria Especial de Portos (SEP), do governo federal, já estão sendo feitos com o olho na nova realidade que poderá ser construída com a abertura do Canal do Panamá. É o que afirma o presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda, que administra o Porto do Mucuripe. Segundo ele, os portos do Ceará estão se credenciando para tornarem-se grandes concentradores de carga no Nordeste, ou 'hub ports', como se chama no setor.

"Essa grande obra da expansão do Canal do Panamá vai trazer impactos muito positivos principalmente para os portos do Nordeste. Com a criação da SEP, muitos investimentos foram e estão sendo feitos na área portuária, então esses portos do Nordeste que até então estavam, vamos dizer, com falta de investimentos, estão fazendo grandes reformas, como a dragagem, aumentando a profundidade da sua bacia, aumentando o VTMS (Vessel Traffic Management System), que é o gerenciamento do monitoramento de tráficos de navios", aponta Holanda.

O presidente da CDC destaca ainda o Porto Sem Papel, que é uma medida federal que foca a desburocratização dos portos brasileiros, informatizando processo e eliminando trâmites, o que impactará, como se prevê, uma redução média de 25% no tempo de estadia dos navios nos portos. "Porque na hora que você desburocratiza a papelada, você se torna um porto mais rápido e diminui o custo da espera dos navios", afirma.

Segundo ele, o Nordeste tem potencial para criar hub ports, em especial os portos do Pecém e Mucuripe, no Ceará, Suape, em Pernambuco, Salvador, na Bahia, e Itaqui, no Maranhão. "Esses portos já estão sendo preparados para receber grandes cargas", diz.


Importância dos aportes

Holanda afirma que, se não fossem os investimentos que vêm sendo realizados, os portos nordestinos não teriam nenhum benefício com a abertura do canal.

"Não ia adiantar de nada, porque os navios, os Pós-Panamax - antigamente eram os Panamax, que eram os que passavam no Panamá -, agora são os pós. Se os portos não tivessem fazendo esses investimentos, eles não iam poder atracar aqui, porque não ia ter profundidade, troca de defensa, reforço em cais, etc", explica. Holanda.


Característica dos navios

Os navios Panamax receberam essa denominação por conta que suas dimensões alcançaram o tamanho limite para passar nas eclusas do Canal do Panamá. Tais dimensões são um comprimento de 1000 pés (305 metros), uma largura de 110 pés (33,5 metros) e uma profundidade de 85 pés (26 metros).

Contudo, além da infraestrutura portuária, o presidente da Companhia Docas do Ceará assegura que é preciso reforçar as políticas de comércio exterior para atrair novos operadores. "A gente tem que ir atrás do cliente, vender o nosso porto, que hoje tem condições de receber novas cargas que nem atracavam aqui antes", defende.
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