Paranaguá

Usinas apostam na alta das exportações de álcool no porto

<P>O terminal público do combustível, inaugurado em outubro do ano passado no Porto de Paranaguá e até agora sem uso, deve facilitar o movimentação da safra, mas federação da agricultura questiona sua qualidade.</P><P>A cadeia produtiva da cana-de-açúcar do Paraná, que está iniciando a c...

Gazeta do Povo/ PR
09/04/2008 00:00
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O terminal público do combustível, inaugurado em outubro do ano passado no Porto de Paranaguá e até agora sem uso, deve facilitar o movimentação da safra, mas federação da agricultura questiona sua qualidade.

A cadeia produtiva da cana-de-açúcar do Paraná, que está iniciando a colheita da safra 2007/2008, vê nas exportações de álcool deste ano a possibilidade de obter melhor remuneração pela produção. Com a alta no preço do petróleo, que está beirando os US$ 100 o barril, a expectativa é de fechar mais contratos para a venda do álcool do que no ano passado. A empresa Álcool do Paraná S.A, uma das credenciadas para operar o Terminal Público de Álcool do Porto de Paranaguá, estima que as exportações também serão favorecidas pela redução de custos que a nova estrutura proporcionará.

A Álcool do Paraná é formada por 19 das 30 usinas que atuam no estado. De acordo com o presidente da empresa, Ricardo Rezende, o terminal de álcool deve entrar em funcionamento em maio, cerca de sete meses após sua inauguração. A tarifa máxima que será cobrada está fixada em R$ 12,50 por metro cúbico. Isso é cerca de 50% inferior do que os terminais privados vinham cobrando, diz. Por conta dos custos menores, Rezende diz que as exportações paranaenses de 2008 devem ser superiores aos 600 milhões de litros de 2007, e as exportações do Brasil podem chegar a 4 bilhões de litros, contra 3 bilhões da safra passada. A cotação do dólar prejudicou um pouco as vendas externas no ano passado, mas isso deve ser minimizado neste ano, com a recente alta do produto no mercado internacional.

Críticas

Na semana passada, o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), em discurso na Assembléia Legislativa, declarou que o terminal de álcool, feito pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) por cerca de R$ 13 milhões, continha uma série de irregularidades. Uma delas diz respeito ao material que reveste os tanques, que seria inadequado. A mesma crítica é feita pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Falamos isso com base nas informações de operadores portuários de Paranaguá, diz o assessor da Faep, Nilson Hanke Camargo. Não somos engenheiros nem especialistas, mas temos informações de que o terminal tem problemas. Se ele estivesse em perfeitas condições já teria sido usado, acrescenta.

Segundo Rezende, os tanques do terminal de álcool são revestidos com aço carbono. É o mesmo que eu tenho na minha usina, que existe há mais de 20 anos. O terminal não tem problema nenhum. Estão falando uma bobagem enorme, declarou. O diretor-superintendente da Cattalini, empresa que armazena álcool para exportação em Paranaguá, Cláudio Daudt, também disse que a empresa usa o mesmo aço carbono utilizado no terminal público.

Não houve tempo para exportar produtos da safra passada pelo terminal público de álcool, justifica Rezende. Segundo ele, após a inauguração, a Appa precisou fazer o alfandegamento do terminal junto à Receita Federal e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fez a vistoria dos tanques. Estamos em período de entressafra. A partir de maio devemos fazer os primeiros embarques. A data vai depender dos nossos compradores, que são os responsáveis por fretar navios para o transporte, explica Rezende. Segundo a assessoria de imprensa da Appa, não há nenhuma pendência de ordem ambiental, técnica ou operacional que inviabilize o funcionamento do terminal.

Ampliação

Metade das 30 usinas do Paraná iniciaram a moagem da cana-de-açúcar, mas estão utilizando sobras da safra passada. A colheita começa, de forma modesta, na segunda quinzena de abril, diz Disonei Zampieri, coordenador do setor sucroalcooleiro do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura. Segundo ele, o clima está favorável, mas ainda é cedo para dimensionar a produção desta safra. O Deral estima uma área plantada de 624,3 mil hectares de cana-de-açúcar para esta safra, 16% acima do período passado, quando foram produzidas cerca de 2,6 milhões de toneladas de açúcar e 1,8 bilhão de litros de álcool.

 

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