O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou nesta terça-feira, 5, o fato de o dólar continuar caindo, apesar do aumento da alíquota do imposto sobre operações financeiras (IOF), de 2% para 4%, para as aplicações estrangeiras em renda fixa, anunciada na segunda-feira pelo governo. Calma. Não sejam apressados. Vamos deixar a medida surtir efeito, disse o ministro ao deixar o Ministério da Fazenda para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há pouco, o dólar comercial balcão bateu a mínima do dia, a R$ 1,684, em queda de 0,41%.
Ao anunciar a alta da alíquota do imposto, na segunda-feira, Mantega afirmou que o objetivo da medida é evitar a valorização excessiva do real, a qual causa prejuízos para as exportações brasileiras. De acordo com o ministro, a iniciativa não atinge os investimentos em Bolsa nem os investimentos estrangeiros diretos (IED).
Na ocasião, Mantega afirmou que, em relação à questão do câmbio, nenhum país está brincando em serviço. O ministro disse que a tendência é de vários países desvalorizarem suas moedas. Há um conjunto de ocorrências no mercado mundial que merecem a atenção do FMI e do G-20. É preferível que tomemos medidas coordenadas do que isoladas, afirmou Mantega, que reforçou que pretende levar a questão cambial às próximas reuniões desses dois fóruns internacionais.