Macroeconomia

Aço sobe e linha branca tenta reajustar preços

Setor de linha branca já havia pedido aumentos.

Valor Econômico
24/03/2014 13:26
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Aço sobe e linha branca tenta reajustar preços
Fabricantes de linha branca, que compreende produtos como fogão, geladeira e fornos micro-ondas, têm pedido ao varejo novos reajustes em suas tabelas de preços, pressionados por aumentos na cotação do aço. E o fato já foi comunicado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião do setor varejista com o governo.
A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse na sexta-feira ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, que o ministro da Fazenda já foi informado desses pedidos da indústria, e foi feito um alerta. "Nós dissemos para ele [Mantega] que estamos segurando esse aumento, mas que não dá para segurar para sempre. Por enquanto, o varejo está conseguindo não repassar isso", disse ela, antes de almoço que celebrou a eleição das dez melhores executivas do Brasil (ver reportagem nesta página).
Annette Reeves, superintendente da Esmaltec, fabricante de fogões, refrigeradores e lavadoras automáticas, informou que as siderúrgicas estão pedindo reajustes de 7% a 12% no preço do aço, cotado em moeda americana. "São aumentos do aço que vieram em cima da hora, não teve negociação. Ninguém tem capacidade de absorver esses reajustes, então o jeito foi repassar uma parte e tentar absorver algo", disse ela. O aço chega a representar 40% dos custos de um fogão, segundo a executiva.
O fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, sócio da Máquina de Vendas, disse que a indústria vem pedindo aumentos desde fevereiro, na faixa de 2% a 3%, a depender do produto, e que a companhia conseguiu negociar compras de produtos para o período de vendas de Dia das Mães sem os aumentos solicitados.
"A ideia era fechar o lote de Dia das Mães sem os reajustes e conseguimos. Agora é tentar negociar para ter o menor impacto possível", disse Nunes.
O setor de linha branca tem sido beneficiado pela redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Originalmente, o IPI da linha branca correspondia a 4% para os fogões, 10% para os tanquinhos, 15% para as geladeiras e 20% para as máquinas de lavar. Em abril de 2009, as alíquotas foram reduzidas, mas voltaram ao normal em fevereiro de 2010. Em dezembro de 2011, a linha branca teve nova desoneração e foi definido que haveria uma recomposição gradual da alíquota.
Parte dessa recomposição seria feita no início de 2014, mas o governo resolveu adiar esse aumento. É nesse ambiente de IPI mais baixo que a indústria pede reajustes de preços.
Novas pressões inflacionárias no varejo têm sido acompanhadas de perto pelo governo, nos contatos da equipe econômica com líderes do comércio varejista, para tentar antecipar movimentos mais fortes de reajustes por parte da indústria de bens de consumo. Segundo fontes próximas às redes varejistas, os aumentos têm sido pedidos pelas marcas Brastemp, Consul, Electrolux e Esmaltec.
Há cerca de um ano, o setor de linha branca já havia pedido aumentos em suas tabelas em dois movimentos: algumas indústrias solicitaram reajustes no primeiro semestre e outras, no segundo, na faixa de 2% a 4%.
Como há um número considerado pequeno de fabricantes desse segmento no país, as negociações com o varejo têm sido geralmente tensas. Existem quatro fabricantes de linha branca de grande porte e seis grupos varejistas com no mínimo 100 lojas no Brasil (Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Carrefour, Magazine Luiza, Máquina de Vendas, Lojas Cem e Cybelar).

Fabricantes de linha branca, que compreende produtos como fogão, geladeira e fornos micro-ondas, têm pedido ao varejo novos reajustes em suas tabelas de preços, pressionados por aumentos na cotação do aço. E o fato já foi comunicado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião do setor varejista com o governo.

A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse na sexta-feira ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, que o ministro da Fazenda já foi informado desses pedidos da indústria, e foi feito um alerta. "Nós dissemos para ele [Mantega] que estamos segurando esse aumento, mas que não dá para segurar para sempre. Por enquanto, o varejo está conseguindo não repassar isso", disse ela, antes de almoço que celebrou a eleição das dez melhores executivas do Brasil (ver reportagem nesta página).

Annette Reeves, superintendente da Esmaltec, fabricante de fogões, refrigeradores e lavadoras automáticas, informou que as siderúrgicas estão pedindo reajustes de 7% a 12% no preço do aço, cotado em moeda americana. "São aumentos do aço que vieram em cima da hora, não teve negociação. Ninguém tem capacidade de absorver esses reajustes, então o jeito foi repassar uma parte e tentar absorver algo", disse ela. O aço chega a representar 40% dos custos de um fogão, segundo a executiva.

O fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, sócio da Máquina de Vendas, disse que a indústria vem pedindo aumentos desde fevereiro, na faixa de 2% a 3%, a depender do produto, e que a companhia conseguiu negociar compras de produtos para o período de vendas de Dia das Mães sem os aumentos solicitados.

"A ideia era fechar o lote de Dia das Mães sem os reajustes e conseguimos. Agora é tentar negociar para ter o menor impacto possível", disse Nunes.
O setor de linha branca tem sido beneficiado pela redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Originalmente, o IPI da linha branca correspondia a 4% para os fogões, 10% para os tanquinhos, 15% para as geladeiras e 20% para as máquinas de lavar. Em abril de 2009, as alíquotas foram reduzidas, mas voltaram ao normal em fevereiro de 2010. Em dezembro de 2011, a linha branca teve nova desoneração e foi definido que haveria uma recomposição gradual da alíquota.

Parte dessa recomposição seria feita no início de 2014, mas o governo resolveu adiar esse aumento. É nesse ambiente de IPI mais baixo que a indústria pede reajustes de preços.

Novas pressões inflacionárias no varejo têm sido acompanhadas de perto pelo governo, nos contatos da equipe econômica com líderes do comércio varejista, para tentar antecipar movimentos mais fortes de reajustes por parte da indústria de bens de consumo. Segundo fontes próximas às redes varejistas, os aumentos têm sido pedidos pelas marcas Brastemp, Consul, Electrolux e Esmaltec.

Há cerca de um ano, o setor de linha branca já havia pedido aumentos em suas tabelas em dois movimentos: algumas indústrias solicitaram reajustes no primeiro semestre e outras, no segundo, na faixa de 2% a 4%.

Como há um número considerado pequeno de fabricantes desse segmento no país, as negociações com o varejo têm sido geralmente tensas. Existem quatro fabricantes de linha branca de grande porte e seis grupos varejistas com no mínimo 100 lojas no Brasil (Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Carrefour, Magazine Luiza, Máquina de Vendas, Lojas Cem e Cybelar).

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