Pernambuco

Ano inicia com queda no movimento em Suape

<P>Depois de fechar o ano de 2006 com um aumento de 24% na movimentação de cargas, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, começou 2007 em ritmo desacelerado. Em janeiro último o porto registrou retração de 3% no volume movimentado, que caiu de 484,6 mil toneladas no mesmo ...

Gazeta Mercantil
12/02/2007 00:00
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Depois de fechar o ano de 2006 com um aumento de 24% na movimentação de cargas, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco, começou 2007 em ritmo desacelerado. Em janeiro último o porto registrou retração de 3% no volume movimentado, que caiu de 484,6 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior para 470,5 mil toneladas.

O diretor de Operações de Suape, João Poggi Neto, explica que o desempenho está relacionado principalmente a uma queda expressiva no longo curso (23%), resultante do recuo das exportações.

No Nordeste, como em outras regiões brasileiras, as remessas de cargas para fora do país vêm sendo afetadas pela valorização do real.

Os estados mais prejudicados são os que têm baixa ou nenhuma participação de manufaturados na sua pauta de embarques, como é o caso de Pernambuco, cujo perfil é de exportador de bens intermediários, assinala o executivo.

Como reflexo desse quadro, as exportações despencaram 61%, de 131,2 mil para 51 mil toneladas. Já as importações, embaladas pelo dólar desvalorizado, cresceram 41%, de 77,2 mil para 109 mil toneladas, o que evitou um resultado pior na navegação de longo curso.

No total, as cargas de comércio exterior apresentaram retração de 208,4 mil para 160,1 mil toneladas. Na cabotagem, o movimento de cargas foi bem melhor. Houve uma expansão de 12%, de 276,1 mil para 310,4 mil toneladas. A evolução reflete em boa parte a volta do transbordo de gás liquefeito de petróleo (GLP) aos níveis tradicionais.

A Petrobras utiliza Suape como base distribuidora regional do produto. Mas desde 2004 vinha reduzindo os volumes devido a problemas tributários.

O combustível movimentado vinha sendo taxado integralmente pela Secretaria da Fazenda de Pernambuco, embora apenas a metade do volume ficasse no estado.

O GLP enviado aos estados vizinhos era tributado novamente no destino, o que gerava uma bitributação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A questão foi solucionada com um acordo entre a Petrobras e o Governo de Pernambuco, no final de 2006. O fim do impasse impulsionou a movimentação de granéis líquidos, que cresceu 30% no mês de janeiro, passando de 214,9 mil para 279,6 mil toneladas.

A movimentação de contêineres, por sua vez, cresceu 11%, de 17,2 mil TEUs para 19 mil TEUs. Mas o volume movimentado não acompanhou a expansão do número de contêineres, com um incremento de 3%, de 175,7 mil para 180,4 mil toneladas.

Os contêineres representam em torno de 40% da movimentação total de Suape. O terminal recebeu investimentos de US$ 70 milhões desde o início de sua construção e vem tendo ganhos de produtividade, além de empreender uma política de atuação comercial agressiva. Tudo isso contribui para a atração de clientes e da carga, avalia o diretor Poggi Neto.

Quanto ao desempenho de janeiro, Poggi ressalta que, apesar da retração no mês, o cenário econômico se mantém otimista em relação ao ano de 2007. Ele prevê que o complexo terá um crescimento entre 20% e 30% sobre as 5,34 milhões de toneladas registradas em 2006.

Esse ano, teremos a retomada da operação do terminal de minérios da Mhag Mineração e um incremento nas importações de ácido tereftálico puro com a entrada em funcionamento da fábrica de resina PET do grupo italiano Mossi & Ghisolfi, que também vai embarcar produto final por Suape, afirma. Além disso, haverá um salto na distribuição de GLP, acrescenta.

O terminal da Mhag foi inaugurado em 2006, realizou uma única exportação para a China e logo depois ficou paralisado, devido a gargalos na logística terrestre. A empresa foi afetada por problemas no escoamento da carga retirada das minas localizadas na região de Jucurutu, no Rio Grande do Norte. A expectativa é que os reparos nas rodovias viabilizem a retomada dessas operações.

A região do Complexo Industrial e Portuário de Suape mostra um dinamismo crescente no Estado de Pernambuco e em todo o Nordeste.

Entre os investimentos programados e em andamento, destacam-se os mais importantes projetos estruturadores da economia regional, como o pólo de poliéster, estaleiro da Camargo Correa e refinaria da Petrobras, além de indústrias de grande porte.

Fonte:Gazeta Mercantil

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