Appa indica terminal da Bunge para embarcar soja transgênica
Um acordo entre a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Bunge abriu a possibilidade de ser embarcada soja transgênica no porto paranaense. O terminal usado pela multinacional norte-americana em Paranaguá foi designado pela Appa para movimentar os gr...
Redação
13/04/2006 00:00
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Um acordo entre a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Bunge abriu a possibilidade de ser embarcada soja transgênica no porto paranaense. O terminal usado pela multinacional norte-americana em Paranaguá foi designado pela Appa para movimentar os grãos geneticamente modificados. A medida, porém, desagradou as outras empresas instaladas no porto paranaense. Elas dizem que essa alteração não atende à liminar que determina o embarque do produto. Uma ordem de serviço emitida ontem (12/04) pela Appa detalha os critérios para a movimentação de soja transgênica no porto. O documento estabelece critérios rígidos de segregação dos grãos e indica um único berço - espaço no cais onde os navios atracam - para o embarque. O local é usado pelo terminal da Bunge. Pelo acordo, a operação do terminal será alterada. A Appa passa a indicar quais cargas serão descarregadas no armazém da multinacional. A estrutura era usada pela multinacional para embarcar soja, açúcar e algodão, cargas que serão escoadas em outras áreas. Para os outros terminais privados que operam em Paranaguá, a medida não cumpre a liminar concedida pela Justiça Federal de Paranaguá e mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão judicial determina que a Appa deixe de proibir o embarque de soja transgênica pelo porto. Os terminais insistem que a Appa terá de abrir aos transgênicos os cinco berços que movimentam grãos. Três deles formam o corredor de exportação - uma conexão de esteiras usadas por sete armazéns privados e pelo silo público. Outro, é usado pela Soceppar. As críticas à ordem de serviço têm dois pontos principais: os terminais privados teriam de abrir mão de usar seus próprios armazéns, onde controlam os custos, e o embarque ficaria restrito a um berço com baixa capacidade. O berço da Bunge, chamado pelo número 206, tem profundidade aproximada de dez metros, o suficiente para que um navio receba 35 mil toneladas, a uma velocidade de 1 mil toneladas de grãos por hora. No corredor de exportação, a profundidade dos três berços é de 12 metros, o que permite o embarque de 60 mil toneladas por navio. A capacidade de movimentação é de 9 mil toneladas por hora. As empresas também apontam que haverá aumento de custos com a operação terceirizada e com a menor produtividade.
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