Redação TN Petróleo, Agência CNI de Notícias
O Índice do Medo do Desemprego, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 55 pontos em setembro de 2020. O valor está 3,2 pontos abaixo do mesmo período do ano passado e demonstra que as medidas de proteção ao emprego, adotadas a partir de março de 2020, contribuíram para aumentar a sensação de segurança da população empregada. Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 127 municípios entre 17 e 20 de setembro.
De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, entre os motivos para a queda do índice, pesaram o auxílio emergencial e a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas dos últimos meses. Mas, ressalta que, embora tenha caído para a população como um todo, “o medo do desemprego aumentou em certos perfis da população, como os mais jovens, com renda familiar superior a cinco salários mínimos e pessoas com ensino superior”, avalia Marcelo Azevedo.
Mulheres têm mais medo do desemprego
De acordo com a pesquisa, as mulheres têm um medo muito maior do desemprego do que os homens. O índice para homens é de 46,8 pontos. E para as mulheres 62,4 pontos. Os mais jovens também são os mais temerosos. Para a população entre 16 e 24 anos, o índice é de 57,9 pontos, enquanto o indicador para as pessoas com mais de 55 anos foi de 48,9 pontos.
Nordeste demonstra maior preocupação
Entre as regiões, a pesquisa mostrou que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde ficou em 61,2 pontos, e menor na região Sul, onde o indicador foi de 43 pontos. A população que recebe um salário mínimo também é a mais preocupada, com 65 pontos.
Pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos registraram 42,2 pontos. Entre as pessoas que estudaram somente até a 4ª série do ensino fundamental, o índice é de 59,2 pontos. Aqueles com nível superior têm uma preocupação menor, o dado foi de 50,1 pontos.
Índice de satisfação com a vida cai
A pesquisa também mediu o Índice de Satisfação com a Vida, que se manteve praticamente constante. Caiu meio ponto em relação a setembro de 2019, mas subiu 0,2 ponto em relação a dezembro do ano passado.
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