Redação TN Petróleo/Assessoria
A trajetória ascendente do consumo de energia no Brasil continua no Sistema Interligado Nacional (SIN). É o que sinaliza o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para o mês de outubro, o incremento deverá ser de 3,3% na carga, na comparação com o mesmo período de 2019. O subsistema Sul deverá subir 6,7%, com 12.487 MW médios. Seguido do Norte, com aumento de 5,9% e consumo de 5.990 MW médios. O Nordeste avança 4,3%, com 11.903 MW médios. Já o Sudeste/Centro-Oeste terá a menor alta entre os subsistemas, com 1,7% e 41.42 MW médios.
Os percentuais positivos são reflexos da recuperação das atividades econômicas (produção industrial, comércio, serviços, entre outros), pós efeito do isolamento social em função da pandemia, o que tem se refletido positivamente no comportamento da carga. No subsistema Norte, o retorno do consumo de um consumidor livre da rede básica justifica em parte, a taxa de crescimento observada na região.
As previsões meteorológicas para a próxima semana indicam, para as capitais do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, temperaturas semelhantes às observadas na semana atual, que foram mais amenas comparadas as duas primeiras semanas operativas do mês em análise. Esse cenário contribui para a revisão da projeção de 4,7%, apontados no último PMO, para os atuais 3,3%.
O documento indica também uma significativa queda do Custo Marginal de Operação (CMO) no Nordeste. A diminuição deve ser de 20,13% com valor de R$ 172,61/MWh, contra R$ 216,12/MWh registrados na semana passada. As regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e o Norte, que estão niveladas, praticamente não devem apresentar alteração no custo, mantendo-se em R$ 318,62 /MWh ante R$ 318,74/MWh da operação anterior.
Para os reservatórios, o boletim indica afluências que correspondem a 65% da MLT no Norte; 62% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 44% da MLT no Nordeste e 17% da MLT no Sul. As condições de volumes indicam que os reservatórios terminarão o mês com níveis de 54,1% no Nordeste; 32,3%, no Norte; 23,3%, Sudeste/Centro-Oeste e 20,3%, no Sul.
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