<P>Dois grandes estaleiros localizados em Itajaí (SC), o Detroit e o Itajaí, vão investir U$S 25 milhões em modernização para acompanhar atender a demanda da construção naval, propiciada principalmente pela Transpetro, subsidiária da Petrobras para o setor de transportes e logística. A com...
Gazeta MercantilDois grandes estaleiros localizados em Itajaí (SC), o Detroit e o Itajaí, vão investir U$S 25 milhões em modernização para acompanhar atender a demanda da construção naval, propiciada principalmente pela Transpetro, subsidiária da Petrobras para o setor de transportes e logística. A companhia vai construir 49 navios petroleiros nas duas fases do Programas de Modernização e Expansão da Frota (Promef 1 e 2). O Promef 1 vai gerar US$ 2,5 bilhões em investimentos e o Estaleiro Itajaí venceu a licitação de três navios gaseiros de 7.200 metros cúbicos.
Novos investimentos
Para o Promef 2, o investimento previsto é de US$ 2 bilhões e o estaleiro é um forte candidato, disse o gerente técnico do Promef, Nilton Gonçalves, que esteve ontem em Florianópolis, na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para apresentar os programas da empresa à cadeia produtiva do setor.
O Promef 2 está em fase de licitação e as propostas serão abertas em 15 de outubro. O gerente da Transpetro afirma que, com as novas descobertas, possivelmente haverá um Promef 3.
Estaleiros convidados
Também estamos contratando diretamente o Metaltanque 6, do Estaleiro Itajaí, diz. Gonçalves. Segundo ele, outros estaleiros de Itajaí foram convidados a participar da licitação dos navios 'bunker' de 4 mil metros cúbicos (para transporte de combustível para navegação). A Petrobras encomendou este ano ao mercado as primeiras 24 embarcações de apoio de um lote de 146 que será licitado; mais 40 navios-sondas e ainda um volume de navios que será afretado pela sua área de abastecimento.
O presidente da Detroit Brasil, Carlos Frederico da Cunha Teixeira, afirma que os estaleiros de Itajaí não têm capacidade para construir grandes navios, embora seja o segundo pólo brasileiro do setor. Mas as empresas estão aptas a fornecer equipamentos de apoio portuário (como rebocadores) e marítimo, diz.
Renovação de frota
A Detroit, de Itajaí, através do Programa Nacional de Renovação de Frota da Petrobras, vai fazer quatro navios, no valor de US$ 500 milhões e a Naveship, também de Itajaí, possui contratos fechados para 13 navios orçados em mais de US$ 1 bilhão. Teixeira, que é também delegado do Sindicato da Indústria Naval de Itajaí e Navegantes, afirma que a região concentra 30 empresas, sendo quatro envolvidas com a produção de aço. Somente os quatro grandes estaleiros absorvem 2.500 empregos diretos e o dirigente estima que este número de vagas aumente 50% em menos de um ano. O problema é encontrar mão-de-obra disponível de chão de fábrica, comenta.
O diretor do Estaleiro Itajaí, Luiz Syder, afirma que o plano de investimento da empresa para 2009 é de US$ 10 milhões, com recursos próprios e do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A empresa está em fase final de licitação para a construção dos três navios ao preço de US$ 120 milhões.
Estaleiro Elcano
A companhia Elcano, de origem espanhola, comprou o Estaleiro Itajaí, que estava fechado, em abril deste ano. A Elcano é uma empresa de navegação e está há seis anos no Brasil, com sede no Rio de Janeiro, com atuação na área de ship (transporte de carga a granel).
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