Biocombustíveis

Etanol deverá subir no país em 2014/15 apesar do recuo da exportação

Aumento nas usimas deveficar 8% mais altos.

Valor Econômico
08/05/2014 17:42
Visualizações: 1002

 

Os preços médios do etanol no mercado doméstico brasileiro deverão ser maiores nesta safra 2014/15 mesmo com a queda projetada das exportações. O presidente de uma das maiores tradings de etanol do país, a SCA Trading, Martinho Seiiti Ono, projeta que os valores médios recebidos pelas usinas devem ser 8% mais altos neste ciclo, na comparação com o passado.
Isso significa, no caso do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, um preço médio de R$ 1,31 por litro, ante a média de R$ 1,21 registrada no ciclo 2013/14 pelo indicador semanal Cepea/Esalq. Se a tese se confirmar, será o segunda temporada consecutiva de maiores preços médios. De 2012/13 para 2013/14, já houve uma valorização de 8,7% nos valores médios recebidos pela usina.
Em evento realizado pela sucroalcooleira Guarani, em São Paulo, o executivo da SCA Trading afirmou que o cenário se justifica por uma oferta restrita de etanol, enquanto o consumo de combustíveis cresce no país. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) projeta para 2014/15 uma produção de 25,8 bilhões de litros do biocombustível (somando-se anidro e hidratado), apenas 1,2% maior do que na temporada passada.
Por outro lado, o consumo cresce a taxas bem maiores. Em 2013, a demanda por hidratado no Brasil aumentou 9,8% em relação a 2012, para 10,8 bilhões de litros, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). No primeiro trimestre deste ano, já está 18,9% maior, em 2,9 bilhões. O consumo de gasolina C, que tem em sua composição 25% de etanol anidro, também segue avançando. Em 2013, aumentou 4,2%, a 41,3 bilhões de litros. Nos primeiros três meses de 2014, a alta acumulada é de 9,4%, a 10,6 bilhões.
Por conta desse mercado interno aquecido, a queda nas exportações não tende a trazer grandes impactos ao mercado interno, como um excesso de oferta, diz Ono. A projeção da SCA Trading é de que o país vá embarcar em 2014/15 em torno de 1,7 bilhão de litros de etanol, 34% de retração em relação aos 2,6 bilhões de litros embarcados na temporada 2013/14, encerrada em 31 de março deste ano.
A principal razão para a queda está na redução do mandato americano para biocombustíveis avançados, em fase de aprovação pela Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês). O órgão dos Estados Unidos está prestes a aprovar uma proposta de reduzir em 41% do volume inicialmente previsto para 2014.
"Três quartos das exportações brasileiras de etanol seguem ao mercado americano. Por isso, a definição do EPA traz impacto direto aos volumes embarcados pelo Brasil", afirmou Ono.
Neste momento, segundo o executivo da SCA Trading, os preços internos do etanol (anidro), estão na casa dos R$ 1,45 por litro (anidro), portanto, remunerando mais do que na exportação. "Para exportar, a usina receberia hoje, em reais, cerca de R$ 1,20 por litro", compara o executivo.
No primeiro trimestre deste ano, o Brasil exportou a todos os destinos 336 milhões de litros de etanol, 47% abaixo do embarcado em igual trimestre de 2013. Em receita, foram US$ 215 milhões, 48,5% menor. Em abril, no entanto, diante de uma demanda pontual dos Estados Unidos em função de problemas logísticos, o Brasil exportou mais etanol. Foram embarcados no mês passado 137,4 milhões de litros, 34,3% de crescimento em relação a um ano antes. Em receita, o crescimento foi de 33,5%, a US$ 96 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC).
No mercado interno, o início da safra vem depreciando os preços do biocombustível. Em 15 dias, a queda foi próxima de 19%, conforme o indicador Esalq/BM&FBovespa. Mais do que uma oferta abundante típica de início de moagem, explica o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, a desvalorização dos preços é muito mais reflexo da necessidade das usinas de fazer caixa para arcar com compromissos. "O setor está muito endividado", disse.

Os preços médios do etanol no mercado doméstico brasileiro deverão ser maiores nesta safra 2014/15 mesmo com a queda projetada das exportações. O presidente de uma das maiores tradings de etanol do país, a SCA Trading, Martinho Seiiti Ono, projeta que os valores médios recebidos pelas usinas devem ser 8% mais altos neste ciclo, na comparação com o passado. Isso significa, no caso do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, um preço médio de R$ 1,31 por litro, ante a média de R$ 1,21 registrada no ciclo 2013/14 pelo indicador semanal Cepea/Esalq. Se a tese se confirmar, será o segunda temporada consecutiva de maiores preços médios. De 2012/13 para 2013/14, já houve uma valorização de 8,7% nos valores médios recebidos pela usina.


Em evento realizado pela sucroalcooleira Guarani, em São Paulo, o executivo da SCA Trading afirmou que o cenário se justifica por uma oferta restrita de etanol, enquanto o consumo de combustíveis cresce no país. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) projeta para 2014/15 uma produção de 25,8 bilhões de litros do biocombustível (somando-se anidro e hidratado), apenas 1,2% maior do que na temporada passada.


Por outro lado, o consumo cresce a taxas bem maiores. Em 2013, a demanda por hidratado no Brasil aumentou 9,8% em relação a 2012, para 10,8 bilhões de litros, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). No primeiro trimestre deste ano, já está 18,9% maior, em 2,9 bilhões. O consumo de gasolina C, que tem em sua composição 25% de etanol anidro, também segue avançando. Em 2013, aumentou 4,2%, a 41,3 bilhões de litros. Nos primeiros três meses de 2014, a alta acumulada é de 9,4%, a 10,6 bilhões.


Por conta desse mercado interno aquecido, a queda nas exportações não tende a trazer grandes impactos ao mercado interno, como um excesso de oferta, diz Ono. A projeção da SCA Trading é de que o país vá embarcar em 2014/15 em torno de 1,7 bilhão de litros de etanol, 34% de retração em relação aos 2,6 bilhões de litros embarcados na temporada 2013/14, encerrada em 31 de março deste ano.


A principal razão para a queda está na redução do mandato americano para biocombustíveis avançados, em fase de aprovação pela Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês). O órgão dos Estados Unidos está prestes a aprovar uma proposta de reduzir em 41% do volume inicialmente previsto para 2014.


"Três quartos das exportações brasileiras de etanol seguem ao mercado americano. Por isso, a definição do EPA traz impacto direto aos volumes embarcados pelo Brasil", afirmou Ono.


Neste momento, segundo o executivo da SCA Trading, os preços internos do etanol (anidro), estão na casa dos R$ 1,45 por litro (anidro), portanto, remunerando mais do que na exportação. "Para exportar, a usina receberia hoje, em reais, cerca de R$ 1,20 por litro", compara o executivo.


No primeiro trimestre deste ano, o Brasil exportou a todos os destinos 336 milhões de litros de etanol, 47% abaixo do embarcado em igual trimestre de 2013. Em receita, foram US$ 215 milhões, 48,5% menor. Em abril, no entanto, diante de uma demanda pontual dos Estados Unidos em função de problemas logísticos, o Brasil exportou mais etanol. Foram embarcados no mês passado 137,4 milhões de litros, 34,3% de crescimento em relação a um ano antes. Em receita, o crescimento foi de 33,5%, a US$ 96 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC).


No mercado interno, o início da safra vem depreciando os preços do biocombustível. Em 15 dias, a queda foi próxima de 19%, conforme o indicador Esalq/BM&FBovespa. Mais do que uma oferta abundante típica de início de moagem, explica o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, a desvalorização dos preços é muito mais reflexo da necessidade das usinas de fazer caixa para arcar com compromissos. "O setor está muito endividado", disse.


 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Anidro sobe 1,07%, e hidratado avança 0,59%
27/10/25
OTC Brasil 2025
WPower Meeting celebra mais uma edição repleta de charme...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento exclusivo reúne grandes empresas, startups e líde...
24/10/25
OTC Brasil 2025
PRIO compartilha estratégias de negócio para campos madu...
24/10/25
OTC Brasil 2025
BRAVA Energia marca presença na OTC Brasil 2025, com des...
24/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 abre com foco em transição energética, i...
24/10/25
Pessoas
Luiz Carvalho é o novo CFO da Brava Energia
24/10/25
Oferta Permanente
Petrobras informa sobre resultado de leilão da ANP
24/10/25
Firjan
No horizonte 2035+, potencial energético do estado do Ri...
23/10/25
Pré-Sal
PPSA irá leiloar, em dezembro, primeira produção de petr...
23/10/25
OTC Brasil 2025
SLB Brasil marca presença na OTC 2025 com foco em inovaç...
23/10/25
Recursos Humanos
ANP publica novas informações sobre seu Programa de Form...
23/10/25
Leilão
Petrobras vence leilão e arrenda terminal RDJ07 no Porto...
23/10/25
Financiamento
Banco do Nordeste investirá R$ 360 milhões para reforçar...
23/10/25
Oferta Permanente
Equinor arremata dois novos blocos na Bacia de Campos du...
23/10/25
Oferta Permanente
Firjan comemora resultado do Leilão de Partilha da ANP, ...
23/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
22/10/25
Oferta Permanente
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da ANP tem cin...
22/10/25
Posicionamento IBP
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção
22/10/25
Margem Equatorial
Foresea estende contratos das sondas ODN II e Norbe IX c...
22/10/25
OTC Brasil 2025
Masterclass OTC Brasil 2025: Inovação, Liderança e Tecno...
22/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.