Redação/Assessoria
A gerência de Petróleo, Gás e Naval (GPN) do Sistema Firjan iniciou a elaboração da construção do Mapa Estratégico Naval 2018. O documento servirá de guia para todos os agentes do mercado e para atuação das empresas fluminenses. O pontapé inicial ocorreu durante o Workshop Panorama Naval realizado nesta terça-feira (23/1) na Regional Leste da Federação, em Niterói, com a participação das principais entidades, empresas e formadores de opinião ligados à indústria naval.
De acordo com a gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, o novo mapa é uma atualização da publicação divulgada em 2016, agora refletindo os objetivos, temas prioritários e desafios do segmento diante de uma realidade com dificuldades vivida pelos últimos anos no setor. Segundo ela, será constituído um grupo de trabalho com integrantes de todos os segmentos da cadeia produtiva, que terá a missão de consolidar os dados, as oportunidades e necessidades futuras para a retomada dessa importante indústria para o estado do Rio e para o país.
O encontro foi aberto pelo presidente da Regional Leste da Federação, Luiz Césio Caetano, que destacou a importância do documento para o desenvolvimento do mercado tanto para o polo naval de Niterói quanto de todo o estado. “A Firjan vem defendendo os principais pleitos dos empresários fluminenses e criando contribuindo para melhorar o ambiente de negócios do nosso estado”, afirmou.
Sob a orientação dos técnicos de GPN da Federação, a primeira discussão para a formulação do mapa estratégico naval contou com a participação de representantes de diversas entidades, de estaleiros e empresas do encadeamento produtivo da indústria naval como os estaleiros Mauá, Eisa, Mac Laren, Brasa, entre outros. Também estiveram presentes representantes da Transpetro e Emgepron, entre outras.
Uma crise generalizada
O secretário-executivo do Sinaval, Sérgio Leal, apresentou dados mostrando a crise profunda do mercado a partir de 2015, após uma retomada em meados da década passada. Segundo ele, em dezembro de 2014 haviam 82 mil postos de trabalho em todo o país, reduzidos hoje para menos de 35 mil. Leal ressaltou ainda que a crise se generalizou principalmente por dois fatores: crise da Petrobras e a não efetivação da Sete Brasil.
Para Leal, o mercado de petróleo e gás é o mais qualificado para reagir a uma mudança de rumo e atrair novos investimentos. Ele disse, no entanto, que é inadiável a adoção de medidas, principalmente por parte do governo, para reverter os atuais entraves que paralisam a indústria, e ações para o desenvolvimento da cabotagem no país.
Presidente da Asscenon, Elízio Moreira da Fonseca confirmou que Niterói possui uma cadeia produtiva invejável, mas que é necessário haver uma ação em defesa desta indústria para que ela volte a ter a pujança de outrora. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria Naval e Petróleo e Gás de Niterói, Luiz Paulino, destacou que o município vem adotando medidas para manter as empresas na cidade, assim como reativar a indústria naval na região. Ele acrescentou que o processo de produção do EIA-Rima, licença que permitirá a dragagem do canal São Lourenço já está em andamento e que espera que ele fique pronto até meados do ano.
O encontro contou ainda com a palestra do capitão de Mar e Guerra da Escola de Guerra Naval da Marinha do Brasil, Luciano Ponce, sobre a necessidade de ações de segurança e defesa do Pré-sal brasileiro.
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