Termelétrica

Grupo Delta Energia vai transformar gás natural em energia elétrica

Redação TN Petróleo/Assessoria
30/06/2021 20:30
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Sob o comando de Luiz Fernando Leone Vianna, a UTE William Arjona está em processo de reativação; ministro de Minas e Energia e governador do MS comemoram

 

O Grupo Delta Energia vai converter gás natural em energia elétrica. A Delta Geração, com Luiz Fernando Leone Vianna como presidente, tem a perspectiva de ligar até sexta-feira (02/07) as unidades geradoras e colocar novamente para operar a usina termelétrica William Arjona, em Campo Grande. A usina tem aval da Operadora Nacional de Sistema Elétrico (ONS) e sua reativação está prevista para a próxima semana. Com uma capacidade instalada de 190 megawatts, a UTE pode abastecer mais de 50% da capital do Mato Grosso do Sul.

"Estamos levando o Grupo Delta Energia para um novo patamar. Com o marco regulatório do gás natural, enfim vimos o momento mais propício para atuação efetiva na geração de energia elétrica. Diante das condições hidrológicas e consequente impacto, as termelétricas ganham cada vez mais importância para uma demanda que é de toda a sociedade", esclarece Luiz Vianna.

A entrada do Grupo Delta Energia no mercado de geração, após a sanção do marco regulatório do gás natural em abril deste ano, reforça a expectativa de maior competitividade em uma cadeia de negócios fundamental para a recuperação econômica do País. O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, celebra o feito: "A reativação da UTE William Arjona é importante neste momento em que precisamos de geração termelétrica, contribuindo para o suprimento de energia elétrica do País e para o desenvolvimento do nosso mercado de gás natural".

Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a reativação da UTE William Arjona traz para o Mato Grosso do Sul um incremento na arrecadação de impostos e fortalece a posição de destaque do Estado no mercado de gás natural. "O funcionamento da usina também é importante do ponto de vista da estabilidade do setor elétrico, uma vez que ela não depende da sazonalidade climática, como as usinas hidrelétricas dependem. Então, temos uma maior expectativa na geração de energia limpa, mas também na movimentação econômica, na ampliação do emprego e na geração de renda", afirma a autoridade pública.

Ao longo dos últimos meses, a Delta Geração estabeleceu processos e fluxos, adquiriu e recuperou maquinários, comprou insumos, selecionou profissionais, desenvolveu treinamentos, acertou contratos com distribuidor e fornecedor de gás natural, entre outros de toda a cadeia de negócio para colocar a UTE William Arjona em funcionamento. Nessa fase inicial, a operação terá cerca de 50 pessoas trabalhando.

Com vivência e reputação sólidas no setor elétrico, Luiz Vianna assume não só a missão de colocar para funcionar a UTE William Arjona (a termelétrica foi adquirida em 2019 pelo Grupo Delta Energia), como também de expandir toda a participação na geração de energia, com empreendimentos de energia eólica e fotovoltaica, que representam respectivamente cerca de 10% e 2% do que é consumido no Brasil, segundo entidades do setor.

"Frente ao aquecimento global, fontes alternativas, sustentáveis e renováveis de energia são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Estamos trabalhando para atuar com o menor impacto possível ao meio ambiente. O mercado aguardava por mais incentivos e, se queremos ver os setores produtivos novamente ativos, de forma duradoura, teremos de avançar em diversas frentes de geração de energia. Empresas do grupo se dedicam às ações nesse sentido", afirma Luiz Vianna.

Luiz Vianna foi presidente da Apine e da Copel. Ele ocupou também o cargo de diretor-geral de Itaipu e, no Grupo Delta Energia, foi presidente da Delta Energia Administração de Recursos. Agora, coordena as ações institucionais e as iniciativas preparatórias de crescimento do grupo a partir de duas empresas do grupo: a Delta Comercializadora de Gás e a Delta Geração.

"Os mercados de gás e de energia estão ficando muito promissores. E o Grupo Delta Energia está fazendo movimentos para ocupar posição de liderança no setor, discutindo acordos com players relevantes do mercado. Com a UTE William Arjona, hoje com ciclo aberto, o Grupo Delta inicia a entrada no mercado da geração. Esse é um processo que não deve parar. E, como já citado, novos projetos de geração estão nos nossos planos", comenta Luiz Vianna.

Redução de custos

O novo marco do gás natural foi sancionado pelo presidente da República em 9 de abril e regulamenta transporte, tratamento, processamento, estocagem, liquefação, regaseificação e comercialização de produto no país. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), há expectativa de investimentos entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos próximos anos.

"A nova lei levará inequivocamente à redução de custos que vão da geração via termelétricas ao consumo das indústrias e comércios. Ainda há muito a ser feito e o setor privado, o Congresso Nacional e o governo federal precisam estar mais próximos para acelerar as mudanças, ampliar a competitividade e propiciar ofertas qualificadas de energia em todos os níveis", avalia Luiz Vianna.

Dentre os grandes benefícios da nova legislação está a promoção da desverticalização e independência entre empresas de distribuição e produção com o objetivo de manter a competitividade e os elos da cadeia, evitando que um mesmo grupo controle todas as etapas do sistema até o consumidor final.

Histórico e modelo de operação 

William Arjona foi a primeira termelétrica do País a utilizar gás natural do gasoduto Brasil-Bolívia. Inaugurada em 1999, a usina localizada em Campo Grande está inativa desde 2017. Com todas as turbinas em funcionamento, ela pode consumir até 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.

O modelo de funcionamento em William Arjona a torna um consumidor independente e não cativo do gás natural, porque a usina não gera energia permanentemente. Ela pode ser acionada pontualmente, conforme condições do sistema elétrico e viabilidade de custos/receitas para a geração.

Para a reativação da UTE, em abril deste ano, o Grupo Delta Energia, que já atua no Mato Grosso do Sul, intensificou tratativas com o governo federal e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan). As negociações incluíram ainda diálogos com a Energisa MS, o Operador Nacional do Sistema (ONS), a distribuidora MSGás, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), além da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Ministério de Minas e Energia (MME).

 

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