Mercado

Importação de aço impede criação de empregos e investimentos

Este ano está sendo considerado difícil para a indústria do aço brasileira, e o Instituto Aço Brasil reviu para baixo suas previsões. O país vive, assim como outros da América Latina, o aprofundamento da desindustrialização provocada pelo aumento das importações diretas e indiretas do p

Redação
30/11/2011 09:39
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Apesar da previsão de recorde de produção em 2011, 35,3 milhões de toneladas - impactado fundamentalmente pela operação da CSA -, este ano está sendo considerado difícil para a indústria do aço brasileira, e o  Instituto Aço Brasil reviu para baixo suas previsões. O excedente de capacidade de produção de aço em relação à demanda no mundo continua alto (cerca de 500 milhões de toneladas) e também no Brasil (20,2 milhões de toneladas). O país vive, assim como outros da América Latina, o aprofundamento da desindustrialização provocada pelo aumento das importações diretas e indiretas de aço. A cadeia metal mecânica está sendo fortemente impactada.
 
A participação da indústria manufatureira no valor agregado passou de 18,1%, em 2005, para 15,8%, em 2010. Além disso, mais de 60% das exportações da China para o Brasil são de produtos metal-mecânicos. “Diante desse cenário, tivemos que revisar nossas previsões para baixo em 3% na produção de aço bruto para 2011”, disse o presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, André B. Gerdau Johannpeter.

As importações no ano em curso estão estimadas em 3,7 milhões de toneladas, queda de 37,9% na comparação com o ano passado, mas ainda significativamente acima dos níveis históricos. O consumo aparente deve ser de 25 milhões de toneladas este ano, 4,3 % a menos do que em 2010. As vendas internas devem apresentar crescimento de 3,8 % em relação a 2010, chegando a 21,5 milhões de toneladas, volume ainda abaixo do patamar alcançado pré-crise 2008. As exportações de produtos de aço no período devem totalizar 10,7 milhões de toneladas e 8,3 bilhões de dólares, representando aumento 19,4% em volume e 43,1% em valor, quando comparado com 2010.

Frente às projeções macroeconômicas do país para 2012, o Aço Brasil estima o consumo aparente de produtos siderúrgicos em 26,7 milhões de toneladas, aumento de 7,1%. “Entendemos que o mundo pós-crise é muito mais complexo e competitivo, o que torna ainda mais importante preservar o mercado interno com a correção das assimetrias competitiva e tributárias”, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, ressaltando a importância estratégica do setor para a economia do país.

Dados preliminares do estudo contratado pelo Aço Brasil à Fundação Getúlio Vargas (FGV) para avaliar a importância do aço na economia brasileira indicam que a participação do setor produtor de aço no PIB do país é de 4%. Embora o setor não seja intensivo em pessoal, gera impacto em setores que o são. Para cada emprego criado na indústria do aço são gerados 23 outros na cadeia. Se o volume de importação direta de 5,9 milhões de toneladas de aço, em 2010, tivesse sido produzido no Brasil, teriam sido gerados 582 mil empregos.

Nesse cenário de incertezas, os investimentos estão sendo revistos em termos de prazos de implementação. No período pós-privatização foram investidos US$ 34,1 bilhões (1994 a 2010). O setor prevê investimentos superiores a US$ 5 bilhões por ano, mas para o efetivo início da implantação de novos projetos deve levar em conta as condições competitivas do mercado brasileiro.
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