Pernambuco

Indústria têxtil vai renascer em Suape

<P>Uma moderna indústria têxtil no Brasil nascerá em Pernambuco, com a produção de fios de poliéster no pólo petroquímico de Suape, projeto lançado ontem com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo do pólo é produzir matéria-prima moderna e competitiva para a ind...

Jornal do Commercio - PE
01/03/2007 00:00
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Uma moderna indústria têxtil no Brasil nascerá em Pernambuco, com a produção de fios de poliéster no pólo petroquímico de Suape, projeto lançado ontem com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo do pólo é produzir matéria-prima moderna e competitiva para a indústria têxtil nacional, que vem sofrendo com a concorrência de produtos asiáticos. Lula também participou da inauguração da maior fábrica de resina PET do mundo, construída pela italiana Mossi & Ghisolfi.

O projeto é para salvar a indústria têxtil do Brasil e competir com os chineses, diz o presidente da Companhia Têxtil Integrada do Nordeste (Citene), Pedro Cerri. A Citene, junto com a Petroquisa (empresa da Petrobras), está investindo US$ 862 milhões (R$ 1,77 bilhão pelo câmbio de ontem) no projeto, que envolve uma fábrica de ácido tereftálico purificado (PTA) e de fio de poliéster. Pernambuco vai entrar no rol dos Estados industrializados. Não vai depender só da cana, afirmou o presidente Lula, destacando a importância do pólo para o Nordeste.

A idéia das fábricas lançadas é produzir no Brasil o poliéster que é crescentemente utilizado nas confecções do mundo todo. Atualmente, a China é a líder desse mercado de têxteis, com US$ 147 bilhões de venda. Nos últimos anos, a indústria têxtil do Brasil perdeu 1,5 milhão de empregos, quase a metade do total. Se a gente não fizesse nada, o restante acabaria, diz Cerri. As duas fibras mais utilizadas na indústria têxtil são o algodão (que o Brasil exporta) e o poliéster. Com suprimento competitivo de matéria-prima, aliada a uma atualização tecnológica das confecções e malharias, o Brasil poderá novamente brigar pelo mercado têxtil.

O PTA é uma matéria-prima utilizada na fabricação do poliéster, que pode tanto servir para a produção de fio de poliéster - como fará a Companhia Têxtil Integrada de Pernambuco (Citepe)-, quanto para embalagens de garrafas, como fará a M&G. As fábricas de fios de poliéster e de PTA serão feitas em conjunto pela Petroquisa e pela Citene, holding que reúne empresas têxteis como a Vicunha, FIT e Pelca.

Na Petroquímica Suape, que fará o PTA, o investimento será meio a meio entre os grupos. Já na empresa têxtil, a Citene terá 60% e a Petroquisa 40%. As duas plantas juntas ocuparão 55 hectares ao lado da Refinaria Abreu e Lima. Algumas operações serão compartilhadas com a própria refinaria.

Ontem, foi assinado o contrato de tecnologia entre a Petroquímica Suape e a inglesa Invista, que detém tecnologia de fabricação de PTA. O primeiro empreendimento a começar suas obras será a fábrica de fio de poliéster, a partir de abril deste ano.

A fábrica de PTA ainda aguarda a licença prévia e de instalação para dar início à construção. Cerca de 4.500 empregos diretos serão gerados com a construção das indústrias. Já na fase de operação serão 1.600 empregos diretos gerados. Mas o maior rebatimento será produzido com a captação de mais indústrias têxteis da ponta da cadeia, como tecelagens, malharias e confecções.

O governo do Estado e a Citene pretendem induzir a instalação de quatro unidades-modelo de confecções integradas, com US$ 50 milhões de investimento cada uma e gerando 4.000 empregos diretos. Tais fábricas se localizariam em Paulista, Timbaúba, Petrolina e Caruaru. Segundo Cerri, a primeira será em Paulista e cada uma produzirá um tipo de tecido diferente. Essas unidades vão aproveitar a mão-de-obra mais competitiva (salários mais baixos) que existem no Nordeste para competir com a produção asiática.

REFINARIA - Na ocasião, o governador Eduardo Campos, que participou ao lado de Lula da solenidade de ontem, assinou memorandos de entendimento com a Petrobras sobre a Refinaria Abreu e Lima. O governo se comprometeu a viabilizar obras de infra-estrutura, como a remoção de uma linha de transmissão que passa pelo terreno da refinaria e a realocação da Estrada da Pedreira em Suape até o início da terraplenagem do empreendimento, previsto para agosto deste ano. Também há o compromisso de Pernambuco doar os restantes 210 hectares que serão desapropriados da Usina Salgado para a Petrobras, tão logo a Caixa Econômica termine a avaliação que está fazendo do terreno. 

Fonte: Jornal do Commercio - PE

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