Porto do Açu

LLX enfrenta resistência no RJ

Valor Econômico
17/01/2012 12:30
Visualizações: 577 (0) (0) (0) (0)
A desapropriação de um terreno de cerca de 45 m² para a construção do Complexo do Porto do Açu não impediu que cerca de 150 pessoas continuem a ocupar a área, no município de São João da Barra, na região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes, que chegaram ao local há uma semana, protestam contra a criação do distrito industrial onde será erguido o porto da LLX e consideram insuficientes os valores pagos pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) pela desapropriação. A LLX, que comprou o terreno da Codin, afirmou que recorreu à Justiça assim que registrou à invasão e aguarda o despejo. Ela obteve liminar de reintegração de posse na sexta-feira.

Gabriel Toledo, um dos lavradores acampados no terreno e com uma área de sete alqueires na região, explicou que durante o dia apenas 20 pessoas permanecem no terreno e à noite o número chega a 150. A Codin e a LLX registraram a presença de até 20 pessoas no local. "Estamos aqui fazendo revezamento de pessoas para ocupar o terreno e evitar que construam alguma coisa", disse Toledo, de 40 anos. Segundo o agricultor, a área que será ocupada pela LLX abriga trabalhadores que vivem da agricultura familiar. "Por que não procuram uma outra área que não tenha produção?", questionou.

Cinco órgãos estão apoiando as manifestações: Comissão Pastoral da Terra, Associação dos Produtores Rurais e Imóveis do Município de São João da Barra, Comitê Popular de Erradicação do Trabalho Escravo, Movimento dos Pequenos Produtores e Universidade Federal Fluminense de Campos.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, informou que o terreno ocupado pertencia a um posseiro. Desta forma, o valor pago pela propriedade pela Codin ficará em juízo até que o estado consiga regularizar a escritura. O antigo dono, que não residia no local, retornou à terra acompanhado de outros proprietários e ex-proprietários de terras. A desapropriação prevê o pagamento de R$ 100 mil por alqueire para os proprietários, além de um auxílio produção mensal de um a cinco salários mínimos, dependendo do tipo de agricultura desenvolvida, por dois anos.

De acordo com levantamento feito pela secretaria, as terras eram negociadas, em 2008, por R$ 50 mil o alqueire. "Estamos convictos que oferecemos um valor justo", disse o secretário Julio Bueno. "Não tem nenhuma injustiça do ponto de vista humano". O secretário atribuiu a manifestação à "política eleitoreira" por conta do pleito municipal este ano e dos movimentos sociais que são contrários aos grandes projetos de desenvolvimento. Além disso, destacou que a maioria dos proprietários não tem documentos registrados em cartório que comprovem a posse do terreno e, ainda assim, muitos não aceitam negociar.

A Codin prevê a desapropriação de um total de 70 milhões de m², dos quais 23 milhões na primeira fase, iniciada em outubro de 2010, e o restante na segunda fase, que começa a ser implementada a partir deste ano. Ao todo, 401 famílias deverão ser desapropriadas.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Copastur
Copastur destaca estratégia de expansão no Nordeste e fo...
23/06/25
Rio de Janeiro
Wilson Sons inicia operação com energia 100% renovável n...
23/06/25
Etanol
Anidro sobe 0,39% e hidratado registra alta de 1,15% na ...
23/06/25
Pessoas
Cristian Manzur é o novo diretor de QHSE do Bureau Verit...
23/06/25
Firjan
Indústria Criativa impulsiona economia e já representa R...
20/06/25
IBP
Leilão da 5ª Oferta Permanente tem bônus recorde
20/06/25
Tenaris
Tenaris aposta no onshore nordestino com soluções logíst...
20/06/25
Comemoração
Avanços da Inteligência Artificial no setor de petróleo ...
20/06/25
ETEP
ETEP destaca tradição, certificações internacionais e fo...
20/06/25
PPSA
Com 6,36 milhões de m³ por dia em abril, produção de gás...
20/06/25
Treinamento
OneSubsea e Senai Paraná lançam nova edição de programa ...
20/06/25
RenovaBio
AGU garante aplicação de metas de descarbonização defini...
18/06/25
Sebrae Amapá
Josiel Alcolumbre defende qualificação de mão de obra no...
18/06/25
Logística
Nova pista do Aeroporto de Macaé é inaugurada como case ...
18/06/25
Oferta Permanente
Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo tem recor...
18/06/25
Apollo
Apollo destaca contrato com a Petrobras e aposta em inov...
18/06/25
RNEST
Petrobras assina contratos para a retomada da construção...
18/06/25
PPSA
10 empresas são habilitadas para disputar 74,5 milhões d...
18/06/25
Oferta Permanente
Margem Equatorial atrai majors e R$ 1 bilhão em investim...
17/06/25
Margem Equatorial
Bônus de assinatura somando R$ 989 milhões e R$ 1,45 bil...
17/06/25
Oferta Permanente
No leilão de hoje, (17/06) da Oferta Permanente a Petrob...
17/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22