Estaleiros

O dilema dos vizinhos do estaleiro Atlântico Sul

Famílias que moram ao lado do Atlântico Sul aguardam a transferência para uma vila no Cabo. O problema é que o governo não cumpre os prazos

Jornal do Commercio (PE)
17/05/2010 00:03
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O governo do Estado tem pressa em consolidar o cluster naval de Pernambuco, mas ainda esbarra na dificuldade de realocar as 49 famílias que habitam a Ilha de Tatuoca - local escolhido para abrigar o polo de construção de navios, no Complexo de Suape. Os ilhéus precisam sair do local para dar lugar a dois novos estaleiros já anunciados, além de outros três que aguardam o resultado de licitações da Petrobras para concretizar os empreendimentos. A diretoria de Suape vai investir R$ 2,8 milhões na construção da agrovila Nova Tatuoca, no Cabo de Santo Agostinho, que terá 51 casas. Pelo menos três cronogramas já foram anunciados desde 2008 e a nova data para a entrega das residências é o final de 2010, o que vai representar dois anos de atraso.

 

 

Com a permanência das famílias na ilha, o Estaleiro Atlântico Sul precisou tocar toda a obra em convivência com os vizinhos. A diretoria do EAS foi obrigada a colocar um portão na entrada da comunidade para evitar o tráfego de pessoas em meio aos caminhões e máquinas pesadas da obra. No último dia 7, o primeiro navio do estaleiro foi lançado ao mar e os nativos permanecem na ilha.

 

O diretor de Patrimônio e Gestão Fundiária de Suape, Inaldo Campelo, justifica que os atrasos foram motivados por problemas com as áreas escolhidas para abrigar a agrovila. O primeiro terreno, também no Cabo de Santo Agostinho, precisou ser utilizado pela Secretaria Estadual de Turismo e a Prefeitura do Cabo para a construção de uma estação de tratamento d’água para atender às praias de Suape e Gaibu.

 

“Depois de encontrado um segundo terreno e acordada a construção da vila com a comunidade, o posseiro da área contestou o valor das benfeitorias na Justiça e a obra teve que ser suspensa. Chegamos a fazer quase toda a terraplenagem. Falta agora a parte de infraestrutura e construção das casas propriamente dita”, observa. O posseiro solicitou o pagamento de R$ 800 mil por suas benfeitorias e Suape depositou R$ 300 mil em juízo e conseguiu a reintegração de posse. A área total do terreno é de 20 hectares e a construção das casas vai demandar 6 hectares.

 

Amanhã, à tarde, em Suape, será realizada uma reunião entre os moradores de Tatuoca e as diretorias de Engenharia e Gestão Fundiária de Suape para apresentar o novo cronograma de construção da Nova Tatuoca.

 

O projeto de Suape é construir 51 casas de gesso, além de dotar a área de infraestrutura, equipamentos de lazer e até espaço para um Centro de Negócios Populares, incentivando a geração de renda.

 

A diretoria do Complexo de Suape contratou o Fundo de Terra de Pernambuco (Funtepe) para fazer a avaliação das casas de Tatuoca. Os laudos das 48 residências existentes na ilha foram concluídos em dezembro de 2008. O acerto da comunidade com Suape prevê que, no caso as moradias com valor acima de R$ 20 mil, o morador recebe a casa na Nova Tatuoca e a diferença do valor que ultrapassar R$ 20 mil.

 

 

Fonte: Jornal do Commercio (PE)/Adriana Guarda  

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