Dow Jones Newswires, 11/05/2018
Os futuros de petróleo operam de lado nesta manhã, após renovarem máximas em três anos e meio na sessão anterior, com investidores ainda de olho nos desdobramentos da recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar Washington do acordo nuclear com o Irã e restabelecer sanções à indústria petrolífera iraniana.
Às 8h03 (de Brasília), o barril do Brent para julho tinha leve baixa de 0,12% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 77,38, enquanto o do WTI para junho subia 0,10% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 71,43.
O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, acusou hoje alguns integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de estarem "fazendo o jogo" dos EUA, ao apoiarem a iniciativa de Trump de abandonar o histórico pacto nuclear, que foi assinado em 2015 com outras potências globais, como Reino Unido, Alemanha e França.
Zanganeh também afirmou preferir o preço do barril do petróleo em cerca de US$ 60, contrastando com a visão dos sauditas, que apoiam o atual nível do Brent em torno de US$ 77.
Em junho, a Opep e outros grandes produtores irão se reunir, em Viena, para discutir um acordo - em vigor desde o início do ano passado - que reduz sua oferta combinada em cerca de 1,8 milhão de barris por dia.
A expectativa é que os EUA restabeleçam sanções econômicas ao Irã gradualmente ao longo dos próximos seis meses, comprometendo a oferta de petróleo de um dois maiores produtores do Oriente Médio.
No passado, sanções ao Irã chegaram a reduzir as exportações de petróleo do país em cerca de 1 milhão de barris por dia. No entanto, como a União Europeia e outros reiteraram sua adesão ao pacto, as punições dos EUA deverão afetar as exportações iranianas em cerca de 350 mil barris por dia, segundo analistas do banco MUFG.
Mais tarde, às 14h (de Brasília), a atenção dos operadores deverá se voltar para o levantamento semanal da Baker Hughes sobre plataformas e poços em operação nos EUA.
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