O primeiro-ministro português, José Sócrates, prometeu neste sábado (14) auxiliar Cabo Verde nos seus projetos de desenvolvimento de energias renováveis, manifestando-se disponível para transferir tecnologia nacional e incentivar a participação de empresas portuguesas em parcerias.
Agência LusaO primeiro-ministro português, José Sócrates, prometeu neste sábado (14) auxiliar Cabo Verde nos seus projetos de desenvolvimento de energias renováveis, manifestando-se disponível para transferir tecnologia nacional e incentivar a participação de empresas portuguesas em parcerias.
As palavras de José Sócrates foram proferidas no pólo de São Vicente da Universidade de Cabo Verde, após a assinatura de um memorando entre os governos de Portugal e de Cabo Verde, prevendo a abertura de uma linha de crédito de 100 milhões de euros para apoiar projetos cabo-verdianos na área das energias renováveis.
Na sua curta intervenção, o primeiro-ministro definiu o acordo em torno das energias renováveis como “o mais significativo na nova agenda de relações” entre Portugal e Cabo Verde, países que disse serem dependentes ao nível de energias fósseis.
“Queremos transferir [para Cabo Verde] tecnologias, que as empresas portuguesas cooperem em parcerias com empresas cabo-verdianas e que haja um intercâmbio no campo do conhecimento. Temos de afirmar as energias renováveis”, declarou o líder do executivo português.
Perante uma plateia majoritariamente constituída por estudantes universitários, Sócrates frisou que Portugal tem “a quarta maior empresa mundial na área das energias renováveis”.
“Temos o maior parque eólico da Europa e estamos a mudar o nosso paradigma energético em Portugal”, sustentou ainda.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, começou citando que o seu país não tem energias fósseis nem hídricas, mas tem como “ativos o mar, o vento e o sol”.
“Até 2020 queremos ter uma penetração de energias renováveis de 50% e queremos que uma das nossas ilhas seja totalmente abastecida por energias renováveis”, apontou.
No mesmo contexto, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que a meta do seu país, num prazo mais imediato, é ter em 2011 uma penetração de 25% em energias renováveis.
José Maria Neves recebeu uma prolongada salva de palmas numa fase do seu discurso em que se dirigiu diretamente a José Sócrates.
“Nós, cabo-verdianos, somos aventureiros. Nós somos os Magalhães do século 21. Estamos espalhados por todo o mundo”, declarou.
Fale Conosco