Em evento promovido na Sede da federação, estaleiro apresenta especificação técnicas da embarcação e requisitos de compras aos potenciais fornecedores
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanNo quarto encontro do programa Rede de Oportunidades da Firjan SENAI SESI, o estaleiro Jurong Aracruz (EJA) apresentou seus requisitos de compras a potenciais 130 fornecedores. O encontro aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) em 8/11. O estaleiro vai construir um navio de apoio Antártico (NApAnt) para a Marinha do Brasil, com investimento de US$ 150 milhões.
O navio terá capacidade para 95 pessoas, sendo 26 pesquisadores. “Uma novidade do projeto é que o navio terá propulsão diesel elétrica. Já temos 17 requisições no mercado, as primeiras de geração, propulsão e aço. Para contratação nacional estão previstos: engenharia de fabricação, aquisição de materiais e serviços de acabamento, marcenaria, acomodação, testes, entre outros”, adiantou Maicon Batista (foto), gerente comercial do estaleiro que, no Espírito Santo, já construiu as plataformas P-71 e P-68 para a Petrobras e ganhou recentemente a licitação para a P-82. A empresa faz parte do grupo SembCorp Marine (SCM) de Singapura.
Segundo mapeamento da Firjan, cerca de 900 fornecedores fluminenses estão potencialmente aptos para atender as demandas. Durante a apresentação, a gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação, Karine Fragoso, ressaltou a importância de ampliar ainda mais as possibilidades de negócios para as empresas do estado do Rio. “Precisamos fortalecer nosso olhar para a integração de outros mercados de energia. Há uma série de novas tecnologias e estamos avançando na avaliação daquelas mais viáveis para a inserção do Rio”, destacou.
45% de conteúdo local
“Uma das cláusulas do contrato da Marinha com o Jurong é a exigência de no mínimo 45% de conteúdo local. Esse tipo de navio é necessário para muitos países, principalmente na América Latina. Nosso objetivo é a promoção do mercado, a valorização do Rio, que irá receber essa embarcação, e até a exportação de produtos”, garante o almirante Walter Lucas da Silva, diretor-presidente do Cluster Tecnológico Naval, que vem incentivando essa cadeia produtiva.
O estaleiro está detalhando as especificações das demandas. Gustavo Lopes, coordenador de compras do Jurong, informou que é importante cadastrar os fornecedores, com informações sobre o perfil da empresa, capacitação técnica e situação financeira. Apresentou os documentos necessários e as principais certificações exigidas. “Durante a fase de levantamento de preços, a empresa não precisa se cadastrar, só quando vencer a concorrência”, explicou Lopes.
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