Redação TN Petróleo/Assessoria
A chefe do Departamento de Recursos Minerais do SGB, Maisa Abram, e o assessor de Assuntos Internacionais Rafael Duarte, acompanhados de uma equipe de gestores e pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB), receberam, entre os dias 22 e 25, uma visita da equipe técnica do Bureau de Recursos Energéticos (ENR) do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Na ocasião, foi realizado workshop para planejamento de missões científicas e tecnológicas sobre minerais críticos.
Maisa Abram informou que há algum tempo o SGB está em tratativas com o Departamento de Energia dos Estados Unidos. "A importância desse momento é esse possível acordo de cooperação com o Departamento de Energia, para a aquisição de dados pré-competitivos. Para nós, é algo positivo porque podemos aumentar a capacidade de produção de minerais críticos para a transição energética e mostrar o potencial do Brasil para novos investimentos", destacou.
Albert Degarmo, gerente do Departamento de Estado dos Estados Unidos e líder do programa para a cooperação tecnológica entre as instituições, ressaltou que vê o Brasil como um aliado estratégico forte e uma liderança regional na América do Sul. "O que estamos tentando fazer, através dessa cooperação, é colaborar e melhor entender os recursos de minerais críticos que tem no país. E o mais importante é podermos levar esses potenciais minérios críticos para o mercado global para ajudar a garantir que todos encontrem os objetivos de transformação energética", ressaltou.
Duarte pontuou que essa reunião foi importante por marcar um passo mais sólido em torno da formalização da parceria do SGB com o Departamento de Estado americano, e especificamente, na área de energia e transição energética. "Agora temos o plano de trabalho que vai compor o memorando de entendimentos que será assinado nos próximos meses e institucionalizar a parceria, colocando os prazos e determinando as responsabilidades das partes".
Na ocasião, os visitantes puderam entender o trabalho do SGB e acompanharam apresentações sobre temas como amostragem de rejeitos e mercados de quartzo de alta pureza, visão geral do potencial do Alto Paranaíba e de Goiás para os Elementos Terras Raras e outras commodities estratégicas, além de informações acerca de projeto para lítio na região da Borborema, entre outros.
No último dia, a equipe dos EUA conheceu as instalações do Museu de Ciências da Terra (MCTer), que está com a exposição temporária "Brasil Glacial", além da Coleção de Minerais, Rochas e Meteoritos constituída por cerca de 6 mil espécies minerais, sendo que aproximadamente 2.300 estão expostas ao público. São turmalinas, topázios, esmeraldas, ametistas, hematitas e muitos outros minerais de grande apelo visual e que geram diversos interesses, como o aproveitamento como minério e na construção civil.
A comitiva também visitou os laboratórios da Rede Lamin, que desempenha um papel essencial na disponibilização de água mineral de qualidade para toda a população e atua desde a coleta das amostras in loco até a emissão de boletins detalhados, considerados fundamentais para a fiscalização e classificação dessas águas.
Resultados
Após três dias de discussão, três propostas foram alinhadas em cooperação com o Departamento de Estado, informou o chefe da Divisão de Geologia Econômica (DIGECO), Guilherme Ferreira.
Segundo Ferreira, essas propostas vão ser trabalhadas inicialmente em três áreas: na Província Borborema, no Nordeste do Brasil; na Província Estanífera de Goiás, entre Goiás e Tocantins; e na Província Alto Paranaíba, na porção oeste de Minas Gerais. Após assinatura do acordo e ratificação dos planos de trabalho, as primeiras atividades de campo devem ocorrer em novembro deste ano, na Borborema, e no próximo ano acontecerão etapas adicionais.
"Também entramos em acordo sobre as análises, quais tipos de produtos serão apresentados como resultados desta parceria e a forma de publicação e divulgação. Esses dias foram bastante produtivos, tanto do ponto de vista do desenvolvimento técnico quanto para consolidar a relevância do SGB internacionalmente, cujo reconhecimento cresce cada vez mais, principalmente porque estamos dando retorno à sociedade sobre três áreas com potencial para a produção de minerais críticos, visto que sabemos como o mundo todo busca sinalizações nesta área", complementou.
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