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Fontes do Governo Federal informaram à coluna que, além do Banco da Amazônia e do Banco do Brasil, mais uma instituição importante quer se credenciar como agente do Fundo de Marinha Mercante. Trata-se da Caixa Econômica Federal (CEF) que, na verdade, até agora pouca ou nenhuma relação tem com portos, estaleiros, empresas de navegação marítima e fluvial.
Para os empresários, a notícia é muito boa, pois todos se queixam do BNDES. Afirmam que há demora na análise inicial dos projetos e, depois de aprovados, há atraso nas liberações - o que pode até ser culpa da Secretaria do Tesouro, mas é visto como pecado do banco. Assim, além do BNDES - hoje agente único - o setor poderá contar, em breve, com BB, CEF e Basa como opções.
É importante lembrar, no entanto, um detalhe importante. O Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante autoriza os créditos, mas cabe ao agente a palavra final, pois em caso de inadimplência, o prejuízo é só dele. Assim, se o Ministério dos Transportes estiver francamente favorável a um projeto e houver pressões de deputados e senadores e do meio marítimo, cabe exclusivamente ao agente decidir se vai ou não liberar o dinheiro.
A demora do agente é mais sentida em reparos navais: em geral, quando o dinheiro é liberado, o reparo já foi feito e pago pelo armador e, assim, a operação financeira acaba sendo inócua.
Há também alguns casos especiais. Alguns armadores conseguiram, na justiça, o direito de obter uma correção mais razoável de suas dívidas e, assim, fazem pagamentos em dia, em juízo, com base em valor mais modesto. Para o agente financeiro do FMM, no entanto, esses armadores entram na lista negra - o que merece alguma discussão, pois, afinal, quem cumpre ordem judicial pode se dizer em dia com suas contas.
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