Logística

Governo deve acelerar investimentos, dizem especialistas

Passada a maratona para aprovar a MP dos Portos (MP 595) no Congresso Nacional, o maior desafio do Governo Federal – além de regulamentar a nova lei – será acelerar os investimentos em logística de forma simultânea. De nada adiantará liberar a constru&cc

Agência Estado
20/05/2013 12:20
Visualizações: 743
Passada a maratona para aprovar a MP dos Portos (MP 595) no Congresso Nacional, o maior desafio do Governo Federal – além de regulamentar a nova lei – será acelerar os investimentos em logística de forma simultânea. De nada adiantará liberar a construção de novos terminais, se não houver rotas de escoamento até os complexos marítimos, seja por meio de rodovias, ferrovias ou hidrovias.

Embora a oferta de transporte marítimo seja baixa, a falta de caminhos alternativos acaba sobrecarregando portos do Sul e Sudeste enquanto outros terminais operam até de forma ociosa. Na área de grãos, quase dois terços da produção exportada acaba saindo por Santos e Paranaguá (PR). O restante é dividido entre 16 terminais espalhados pela costa.

“Há falta de comunicação entre portos e produção. Em outro país, se um caminhão ficasse parado 30 horas numa fila, o dono da carga imediatamente mandaria o veículo para outro porto”, diz o diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), José Tavares de Araújo Jr. “Mas aqui não há muita alternativa”. Para ele, com a abertura de novas rotas, a concorrência tende a aumentar. Esse é um dos principais objetivos do Governo com o novo marco regulatório dos portos, mas também foi um dos principais motivos de resistência na aprovação da MP. “Hoje, quem tem um terminal marítimo tem mais poder de compra do que quem não tem”, diz o consultor da Porto Assessoria, Nelson Carlini.

Segundo o consultor, sem alternativas para escoar a produção, os agricultores ficam nas mãos de poucos terminais com capacidade para embarcar a carga. Ou usa o porto ou corre o risco de perder a mercadoria, já que a armazenagem é outro gargalo do país.

“Se o produtor puder escolher por onde exportar, a situação muda completamente”, disse Carlini. A expectativa é que, com o fim da obrigatoriedade de ter carga própria para construir terminais privados, os investidores optem por projetos no Norte e Nordeste –rotas mais curtas e mais baratas para o transporte de grãos do Centro-Oeste. “Vamos seguir para onde tiver modais de conexão. É preciso ter ferrovia, hidrovia ou rodovia para chegar ao porto. Caso contrário, vai continuar tudo no Sul e Sudeste”, diz o diretor -presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena.

O Governo já tem consciência da necessidade de criar uma logística integrada. Exemplo disso são os pacotes de concessão lançados no ano passado para ferrovias e rodovias. Mas, por enquanto, nada saiu do papel – os leilões de concessão estão atrasados. Outra aposta do Governo é conseguir terminar a Ferrovia Norte-Sul e a pavimentação da BR-163, até Santarém (PA).

Com essas duas rotas, o País teria um grande avanço para escoar a safra de grãos pelos portos do Norte, que precisam ser ampliados e modernizados. As melhorias vão exigir investimentos bilionários, prometidos pela iniciativa privada caso o Governo aceitasse a proposta de renovar os contratos vencidos ou a vencer. Só dos terminais com contratos anteriores a 1993, o investimentos é de R$ 10 bilhões, diz o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli. Mas a renovação ainda pode ser vetada pelo Planalto.

Para o diretor executivo do Centro Nacional de Navegação (Centronave), Claudio Loureiro de Souza, um veto que seria bem-vindo é a limitação de 5% imposta para empresas de grupos armadores na participação de novos terminais. “No mundo inteiro, eles são procurados para investir nos portos”, afirmou Souza.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
OTC Brasil 2025
Ambipar participa da OTC Brazil 2025 com foco em soluçõe...
30/10/25
Fenasan 2025
Merax marcou presença na Fenasan 2025 com equipamentos p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Inteligência Artificial, CCUS e descomissionamento sinal...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Vallourec impulsiona o setor de óleo e gás com tecnologi...
30/10/25
ANP
Seminário debate estudos geoeconômicos do Polígono do Pr...
30/10/25
OTC Brasil 2025
ONIP e Firjan promovem reunião com a Transpetro
30/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 destaca alto potencial energético do paí...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e SISTAC assinam acordo para fornecer servi...
29/10/25
Royalties
Valores referentes à produção de agosto para contratos d...
29/10/25
OTC Brasil 2025
iUP Innovation Connections conecta estratégia de inovaçã...
29/10/25
ANP
Oferta Permanente de Partilha: inscritas podem declarar ...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Firjan oferece soluções de tecnologia e de inovação para...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Exploração de O&G é chave para o desenvolvimento social ...
28/10/25
OTC Brasil 2025
Especialistas alertam que instabilidade regulatória amea...
28/10/25
Pré-Sal
Petrobras informa sobre recorde de produção do FPSO Almi...
28/10/25
OTC Brasil 2025
Petrobras participa da OTC Brasil 2025, no Rio de Janeiro
27/10/25
OTC Brasil 2025
Infotec Brasil chega à OTC Brasil 2025 com foco em gente...
27/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
27/10/25
Brandend Content
OTC Brasil 2025: o ponto de encontro global da indústria...
27/10/25
Brandend Content
Intercabos® celebra 25 anos de excelência e inovação no ...
27/10/25
Etanol
Anidro sobe 1,07%, e hidratado avança 0,59%
27/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.