Contrato

Petrobras vai exportar álcool para o Japão

A Petrobras e a companhia japonesa Japan Alcohol Trading Co. assinaram acordo para criação da joint-venture Brazil-Japan Ethanol, que deverá estudar e desenvolver o mercado local, importar e distribuir etanol brasileiro no Japão.


19/12/2005 00:00
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A Petrobras e a companhia japonesa Nippon Alcohol Hanbai (Japan Alcohol Trading Corporation) assinaram nesta segunda-feira (19/12) o contrato de criação da companhia Brazil-Japan Ethanol, para a comercialização de álcool combustível brasileiro no Japão.

Inicialmente, o objetivo da empresa será desenvolver o mercado japonês para o álcool combustível que atualmente é inexistente, embora a legislação permita a mistura direta de 3% de álcool a gasolina. Segundo informou o presidente da Japan Alcohol Trading Co. Jiro Amagai, a meta é de que em um ano ou um ano e meio seja feita a primeira exportação experimental da Petrobras para a Brazil-Japan Ethanol com um volume de 20 milhões de litros. Em 2008 a joint-ventrua já deverá estar comercializando o álcool brasileiro normalmente, segundo o cronograma previsto pelas empresas.

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Campos, comenta que com a permissão de mistura de 3% de álcool à gasolina, o mercado japonês tem o potencial de consumir até 1,8 bilhão de litros de álcool combustível anualmente. No entanto, as perspectivas são de que o Japão venha a desenvolver o mercado para que se possa acrescentar até 10% de álcool à gasolina. Como o consumo anual de gasolina no país é de 60 bilhões de litros por ano, a exportação brasileira poderia chegar a 6 bilhões de litros anuais de álcool.

Na avaliação do diretor da Petrobras, esta exportação implicaria em um aumento da área plantada de cana-de-açúcar no Brasil e de usinas processadoras de etanol, o que significa mais empregos, impostos e entrada de divisas para o país. O diretor ressalta, no entanto, que todos esses contratos futuros seriam assinados desde que incluíssem a criação de novas áreas de plantio e novas plantas de processamento de etanol, uma vez que a estratégia da Petrobras inclui a garantia do abastecimento interno de álcool afim de evitar escassez do produto e aumento de preços internamente.

O tempo de adaptação dos produtores locais e o desenvolvimento de novos produtores no Brasil para atender ao aumento da demanda provocado pela exportação seria de cerca de dois ou três anos, conforme os cálculos de Costa. O diretor acrescenta que neste período a Petrobras também estaria assinando os contratos de longo prazo para garantir o abastecimento ao país asiático.

A Brazil-Japan Ethanol, que em japonês se chamará Nippaku Ethanol, terá gestão compartilhada e participação acionária de 50% da Petrobras e 50% da Japan Alcohol Trading Co., que detém 70% do mercado de distribuição de etanol para uso industrial e petroquímico naquele país. A joint-venture será responsável pela logística de distribuíção do etanol combustível.

A iniciativa de misturar álcool ao combustível fóssil decorre do compromisso assumido pelo Japão no âmbito do Protocolo de Kioto, em vigor desde fevereiro de 2005. O protocolo prevê a redução  por parte dos países industrializados, das emissões dos seis gases que provocam o aquecimento da atmosfera.

Segundo informa a Petrobras, a criação da Brazil-Japan Ethanol alinha-se ao objetivo de internacionalização dos negócios da empresa e permite à Petrobras entrar em um dos mercados mais complexos e importantes de energia do mundo, tanto na sua logística de distribuição de etanol, como também podendo abrir outras oportunidades para a Companhia no setor de distribuição de combustível no Japão.

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